Rival de Juscelino Filho no Maranhão, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas, saiu em defesa do ministro das Comunicações do governo Lula. O titular da pasta foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (8/4), por suposto desvio de emendas parlamentares assinadas por ele quando era deputado.
Segundo nota enviada pelo líder do partido ao Metrópoles, “a bancada reafirma sua confiança no ministro das Comunicações, Juscelino Filho, diante da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR)”.
“Confiamos que o ministro poderá apresentar todos os esclarecimentos no Supremo Tribunal Federal (STF), assegurando seu direito à ampla defesa e ao contraditório, como determina a Constituição”, diz a nota da liderança do União. “A atuação do ministro Juscelino Filho no Ministério das Comunicações tem sido pautada por responsabilidade, competência e resultados concretos, com políticas públicas voltadas à ampliação da conectividade e à inclusão digital de milhões de brasileiros, especialmente nas áreas mais remotas do país”, diz ainda o texto.
Denúncia contra Juscelino
Em junho do ano passado, a Polícia Federal (PF) indiciou o ministro, apontando suspeitas da prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude a licitação. O indiciamento levou a PGR a apresentar denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (8/4).
As investigações da PF foram baseadas em suspeitas sobre desvios de R$ 835,8 mil, em obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O órgão é comandado pelo Centrão.
O Ministério das Comunicações afirmou que o titular da pasta ainda não foi notificada sobre a denúncia apresentada pela PGR ao STF. Os advogados de Juscelino Filho fizeram menção a uma “época punitivista do Brasil, quando o MP conversava primeiro com a imprensa antes de falar nos autos”.
O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, saiu em defesa do colega. O dirigente afirmou que o titular da pasta ainda não teve direito ao contraditório e que a denúncia não equivale a culpa.
