A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, disse, nesta segunda-feira (26/2), que a previsão do ex-ministro da Economia Paulo Guedes sobre a venda de imóveis da União era “superestimada”.
Em 2021, Guedes afirmou que a alienação de bens da União poderia ajudar a diminuir a dívida pública federal e estimou que o Estado brasileiro tinha R$ 1 trilhão em propriedades.
“Ao valor de R$ 1 trilhão anunciado, isso envolvia desde os prédios da Esplanada aos terrenos de marinha, ele é um número superestimado no sentido do que poderia ser arrecadado se conseguisse vender o patrimônio”, disse Dweck ao ser questionada sobre o número.
“Na verdade, esse valor de R$ 1 trilhão é superestimado ao que poderia efetivamente arrecadar. Quanto vale o Palácio do Planalto, é difícil estimar, mesmo que valesse R$ 100 milhões não se espera que vá vender. Vemos o que pode ter uma destinação, não são todos os imóveis da União”, completou.
Paulo Guedes propõe a criação do Ministério do Patrimônio da União
Fotos: União coloca à venda imóveis a partir de R$ 780 mil em Brasília
Imóveis sem potencial comercial
Em seguida, a ministra salientou: “Foi tentado [vender o patrimônio], muitos leilões deram vazio. Vemos prédios que poderiam, olhando, ter potencial comercial e, quando foi tentada a venda, não teve esse potencial comercial”.
No governo Jair Bolsonaro (PL), a Secretaria de Gestão do Patrimônio da União (SPU), órgão responsável pela administração dos imóveis da União no governo federal, foi chefiada por um secretário oriundo do meio privado, passou para as mãos de um militar e finalizou com uma servidora de carreira.