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terça-feira, 1 abril, 2025
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    HomeBrasiliaQuem são os estagiários que usavam documentos falsos em golpes no DF

    Quem são os estagiários que usavam documentos falsos em golpes no DF

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    Os dois estagiários do curso de direito que foram presos por estelionato, uso de documento falso, associação criminosa e lavagem de dinheiro, são Wesley Pereira, 29, e Wescley Renato de Oliveira Ferreira,23 (fotos em destaque).

    Eles foram detidos durante a Operação Scammers, desencadeada pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) na manhã desta segunda-feira (31/3).

    Veja fotos:

    2 imagens

    Wesley Pereira, 29 anos

    1 de 2

    Wescley Renato de Oliveira Ferreira, 23 anos

    Reprodução

    2 de 2

    Wesley Pereira, 29 anos

    Reprodução

    A Polícia Civil do Distrito Federal contou com o apoio do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), por meio da Secretaria de Segurança e Inteligência da Corte.

    Veja imagens da operação:


    O que se sabe até agora:

    • Os estagiários ajuizaram ações cíveis de cobrança e repetição de indébito – devolução de valores cobrados indevidamente – no âmbito de juizados especiais;
    • Os alvos eram grandes conglomerados econômicos, e os processos eram feitos com o uso de documentos falsos;
    • Eles protocolavam as ações em nome próprio – a partir de um permissivo legal que admite isso em causas com valores de até 20 salários-mínimos (R$ 30.360);
    • A assistência de advogado é facultativa – com a juntada de cobranças supostamente feitas pelas empresas contra eles;
    • Para não terem o nome negativado, os estagiários efetuaram o pagamento das cobranças indevidas com comprovantes falsos;
    • Em um dos casos, uma mesma empresa foi demandada judicialmente mais 20 vezes.

    Processos com base em falsas cobranças

    Após aberto o prazo judicial para que as empresas contestassem o processo, a suposta cobrança não era contestada ou, muitas vezes, o jurídico das empresas fazia acordos, homologados judicialmente com os universitários, devido à aparência de legalidade dos boletos.

    As medidas resultaram em sentenças de indenização favoráveis aos presos, com valores superiores a R$ 200 mil durante o período investigado.

    Boletos e comprovantes falsos

    Durante as investigações, os policiais civis identificaram que os boletos com as cobranças usados pelos criminosos eram falsos e que os estagiários nunca chegaram a efetuar qualquer pagamento, ao contrário do que afirmavam à Justiça.

    Também ficou constatado que, devido à quantidade de ações protocoladas por eles, os universitários passaram a contar com o apoio de parentes e outras pessoas próximas, as quais, com uso dos mesmos documentos falsos, passaram a demandar as empresas judicialmente.

    Em processos anteriores, os investigados chegaram a entrar com ações judiciais com advogados; por isso, a polícia também tenta descobrir se esses profissionais tinham conhecimento da fraude ou chegaram a participar de alguma forma do esquema criminoso.

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