A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17/7), mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o nome mais forte para a eleição presidencial de 2026. Segundo os dados, o petista lidera todos os cenários de 1º turno e empata, no limite da margem de erro, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no 2º turno.
Nos cenários estimulados, Lula aparece à frente de todos os possíveis adversários no primeiro turno. Ele venceria Jair Bolsonaro (PL) por 32% a 26%, Michelle Bolsonaro (PL) por 30% a 19%, Tarcísio de Freitas por 32% a 15% e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por 31% a 15%.
A pesquisa foi feita entre os dias 10 e 14 de julho de 2025 e ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, por meio de entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
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2º turno
A Quaest testou oito cenários de segundo turno. Lula teria vantagem de 6 pontos sobre Jair Bolsonaro (43% a 37%), mesmo com o ex-presidente inelegível. Contra Ratinho Júnior (PSD) e Eduardo Leite (PSD), o petista venceria por 41% a 36% em ambos os casos.
A disputa mais acirrada ocorre contra Tarcísio de Freitas. Nesse cenário, Lula teria 41% das intenções de voto contra 37% do governador paulista, resultado que configura empate técnico, considerando a margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Contra Michelle Bolsonaro, Lula venceria por 43% a 36%. A diferença sobe para nove pontos contra Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), e para 10 pontos sobre Eduardo Bolsonaro.
Rejeição às candidaturas
Apesar de liderar a disputa, a maioria dos entrevistados (58%) acredita que Lula não deveria tentar a reeleição em 2026.
Ainda assim, esse número caiu em relação a maio, quando era de 66%. O percentual dos que defendem uma nova candidatura do petista subiu de 32% para 38%.
Entre os que rejeitam Lula, o medo da sua reeleição é citado por 41% dos entrevistados.
A volta de Bolsonaro, por sua vez, é o principal receio de 44%. Outros 7% afirmaram temer tanto a reeleição de Lula quanto o retorno do ex-presidente.
Bolsonaro e sucessão na direita
Embora inelegível, Bolsonaro segue como figura central no campo da direita. A pesquisa aponta que 62% dos entrevistados acham que ele deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro nome. Esse índice era de 65% em maio.
Já 28% acreditam que ele deveria manter sua candidatura mesmo inelegível, ante 26% no levantamento anterior. Outros 10% não souberam ou preferiram não opinar.
Se Bolsonaro não puder concorrer, Tarcísio de Freitas aparece como o principal nome da direita, com 15% das menções, embora tenha caído dois pontos desde maio (17%). Michelle Bolsonaro tem 13%, contra 16% na rodada anterior. Ratinho Júnior também caiu, de 11% para 9%.
Por outro lado, Eduardo Bolsonaro e Pablo Marçal cresceram e aparecem com 8% cada (antes eram 4% e 7%, respectivamente). Eduardo Leite se manteve com 4%, enquanto Romeu Zema e Ronaldo Caiado registraram 3% cada.
O número dos que rejeitam todos os nomes sugeridos aumentou de 16% para 19%.