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domingo, 30 março, 2025
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    HomeBrasiliaProcurador é ameaçado de morte por Batman da milícia: “Não tenho vida”

    Procurador é ameaçado de morte por Batman da milícia: “Não tenho vida”

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    Foragido desde junho de 2024, o miliciano Gilbert Wagner Antunes Lopes, conhecido como “Batman”, é apontado pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) como o mandante do assassinato do vereador Marcos Augusto Costalonga (PL), conhecido como Marquinhos da Cooperativa, em Presidente Kennedy (ES), em maio de 2021. Cinco suspeitos de participarem da execução foram presos, mas o chefe do grupo paramilitar nunca foi localizado. Desde então, o procurador-geral do município capixaba, Rodrigo Lisbôa Corrêa, é ameaçado de morte pelo criminoso e vive sob o domínio do medo.

    Mesmo com diversos mandados de prisão, decisões judiciais unânimes e fartas provas sobre sua atuação como mandante do assassinato do vereador, o miliciano  ainda intimida autoridades e segue em liberdade com paradeiro desconhecido. “Vivo sob a influência do medo e não tenho vida”, afirmou Corrêa. O procurador reforçou que o Ministério Público do Espirito Santo também está investigando o caso envolvendo o miliciano.

    Violento e armado, o miliciano já havia se envolvido em outros casos. Em 19 de maio de 2010, Batman teria efetuado vários disparos contra o usuário de drogas e, duas semanas depois, dado uma coronhada na cabeça dele. A vítima não morreu, mas, em consequência das lesões, precisou ser submetida a uma cirurgia. Na delegacia, o homem disse que o miliciano também é conhecido em Marataízes como justiceiro na região.

    À época, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apontou que Gilbert Wagner faz parte de uma “verdadeira milícia, […] que a pretexto de promover a segurança, passou a realizar um verdadeiro extermínio neste município, sempre agindo através da violência armada”.

    Metrópoles teve acesso à denúncia da procuradoria. Ao indiciar Waguinho em 2011 pela tentativa de homicídio de um usuário de drogas, o Ministério Público apontou que o miliciano “é voltado à prática criminosa” e responde por inúmeros outros processos criminais.

    A Promotoria de Justiça Cumulativa de Marataízes relatou que Gilbert Wagner pratica reiteradas condutas ilícitas na cidade, “semeando o receio e a insegurança entre as vítimas e demais membros da coletividade”. Ele foi acusado junto de Anderson Rodrigues Mendonça, que morreu no início de 2021, por isso, teve a pena extinta.

    “Os denunciados recebem apoio e cumplicidade de vários indivíduos numa espécie de associação, visando perpetuar a permanência do grupo do município e, assim, legitimar uma série de outras práticas criminosas, além de ganhar força para a instalação de uma espécie de milícia, que age através da violência armada, ‘limpando’ aqueles que vêm incomodando a coletividade e, em troca, recebem pelo trabalho”, relata o Ministério Público estadual.

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