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terça-feira, 18 março, 2025
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    HomeSaúdePolifenóis: tesouro natural que emagrece e melhora a saúde do coração

    Polifenóis: tesouro natural que emagrece e melhora a saúde do coração

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    Estudos publicados nos últimos anos têm mostrado evidências de que dietas ricas em polifenóis oferecem inúmeros benefícios à saúde. Eles vão desde a redução do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas à melhoria da memóriaqueima de gordura.

    Os polifenóis são compostos químicos com ação antioxidante e anti-inflamatória. A substância é encontrada de forma mais abundante em vegetais e frutas de cores vivas, como beterraba, amoras, azeitonas pretas, tomates vermelhos e folhas verdes escuras.

    Polifenóis

    Existem diversos tipos de polifenóis, cada um deles com características e benefícios distintos. De acordo com o nutricionista Bernardo Romão de Lima, professor da Universidade de Brasília (UnB), o que os difere são as estruturas químicas, que direcionam a atuação para algum processo dentro do corpo.

    “Existem polifenóis com ação antioxidante que têm mais afinidade com células do fígado, outros com as células do intestino, por exemplo”, explica Romão.

    Os principais tipos de polifenóis são os:

    • Flavonóides: encontrados em frutas, legumes, vinho tinto e chá;
    • Ácidos fenólicos: presentes em frutas, legumes, cereais integrais e café;
    • Lignanos: encontrados em sementes de linhaça, gergelim e algumas frutas.

    Antioxidantes naturais

    Os polifenóis agem retardando o estresse oxidativo das células. Seguir uma dieta com alimentos ricos na substância pode diminuir os efeitos de hábitos danosos ao corpo, como a exposição ao sol sem protetor, fumar, consumir bebidas alcoólicas, comer gorduras saturadas em excesso e ter uma vida estressante.

    “Esses são hábitos que a gente costuma chamar de ‘oxidantes’. Os polifenóis previnem que os efeitos deles sejam deletérios para as nossas células”, afirma o nutricionista.

    Síndrome metabólica

    Uma pesquisa feita por nutricionistas da Universidade de São Paulo (USP) revelou, em novembro de 2024, que uma dieta rica em alimentos com polifenóis é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento da síndrome metabólica.

    De acordo com os pesquisadores, pessoas que consomem mais alimentos com o composto têm 23% menos chance de desenvolver o quadro. A síndrome metabólica é caracterizada pelo conjunto de três ou mais problemas de saúde ligados ao funcionamento do metabolismo, como resistência à insulina, triglicérides e colesterol altos, hipertensão e obesidade.

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    Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

    Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente
    Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos
    A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia
    Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão
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    A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg

    Gizmo/ Getty Images

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    Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

    Peter Dazeley/ Getty Images

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    Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente

    Colin Hawkins/ Getty Images

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    Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos

    Grace Cary/ Getty Images

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    A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia

    Peter M. Fisher/ Getty Images

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    Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão

    Getty Images

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    Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis

    bluecinema/ Getty Images

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    Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados

    A. Martin UW Photography/ Getty Images

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    Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos

    Luis Alvarez/ Getty Images

    Saúde do coração

    Alguns estudos já associaram o consumo de polifenóis ao controle da hipertensão arterial. A cardiologista Stephanie Mares, do Hospital Brasília Águas Claras, da rede Dasa, explica que a ação antioxidante da substância atua reduzindo os radicais livres, aumentando a vasodilatação e diminuindo o dano ao DNA.

    “Isso leva a um potencial efeito sobre o controle da hipertensão arterial e uma maior conservação das artérias que irrigam o coração e todo o corpo”, afirma.

    A médica faz parte do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), o maior estudo epidemiológico realizado na América Latina sobre os fatores determinantes das doenças cardiovasculares e da diabetes.

    O levantamento avaliou cerca de 6 mil servidores de universidades públicas do Brasil e identificou que um alto consumo de polifenóis pode reduzir o risco cardiovascular e prevenir a síndrome metabólica — um importante fator ligado a doenças como pressão alta, diabetes, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

    Um outro estudo brasileiro, com cerca de 4 mil participantes em Minas Gerais, mostrou que o grupo que mais consumia flavonóides, como castanhas e feijão, foi justamente o que tinha menos hipertensão arterial.

    “O equilíbrio será o mais importante nesse caminho. Por isso a importância de fazer um acompanhamento de perto com cardiologista e nutricionista”, ressalta a médica.

    Como consumir polifenóis

    Os polifenóis estão presentes em abundâncias nas frutas e vegetais. Principalmente na uva, nas leguminosas (como feijão), nas oleaginosas (como castanhas), no cacau (chocolate), no café e no chá verde.

    De acordo com a cardiologista, o consumo das frutas deve ser diário para que os efeitos dos polifenóis sejam aproveitados. O ideal é ingerir duas porções por dia. O mesmo vale para o feijão, que pode estar no almoço e/ou jantar. Em relação às castanhas, por serem relativamente calóricas, o consumo ideal é de até três a quatro unidades por dia.

    Já o café deve ser consumido com moderação: no máximo duas a três xícaras por dia, segundo a recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Também não é recomendado enfiar o pé no vinho: o ideal é tomar apenas um cálice (100ml) por dia. “A ingestão exagerada pode trazer danos a outras partes do corpo, como por exemplo, o fígado”, explica.

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