A Polícia Civil de São Paulo anunciou, neste sábado (11/1), que prendeu um dos suspeitos de participar do ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo. A ação deixou dois mortos e seis feridos.
Até o momento, a identidade do envolvido ainda não foi divulgada e o homem, com 41 anos, teria sido reconhecido por sobreviventes do ataque armado.
De acordo com o delegado Marcos Ricardo Parra, chefe da seccional de Taubaté, o suspeito confessou participação no crime.
O que aconteceu:
- Segundo o MST, homens armados teriam invadido o assentamento Olga Benário por volta das 23h dessa sexta-feira (10/1).
- No momento do ataque, 10 pessoas, entre crianças e idosos, estavam no local. Duas morreram e seis ficaram feridas.
- Os mortos foram identificados como Valdir do Nascimento, conhecido como “Valdirzão”, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28.
- Outros dois feridos foram internados em estado grave. Ministros do governo Lula (PT) lamentaram o episódio e cobraram punição aos envolvidos.
- Em ligação, Lula expressou solidariedade às vítimas e prometeu uma visita à região.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) enviou um ofício à Polícia Federal (PF), neste sábado (11/1), determinando a abertura de um inquérito para apurar o ataque.
De acordo com o MJSP, uma equipe da PF, composta por agentes, perito e papiloscopista, se deslocou ao local do ataque para investigar a ação.
Ligação
O MST informou que o presidente Lula ligou para a direção nacional do grupo e expressou solidariedade às famílias das vítimas. Ainda segundo o movimento, o titular do Planalto deve visitar a região assim que puder voltar a viajar de avião. Ele ainda se recupera de uma cirurgia na cabeça.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, vão a Tremembé, entre este sábado (11/1) e domingo (12/1), para acompanhar a investigação.