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Polícia diz que casal usou produtos proibidos em pacientes de clínica

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A Polícia Civil de Goiás acusa o casal de influenciadores Paulo César Dias e Karine Gouveia, donos de uma clínica de estética em Goiânia, de usarem produtos proibidos em pacientes durante procedimentos de alto risco.

Entre as substâncias proibidas estão óleo de silicone e polimetilmetacrilato (PMMA), um tipo de preenchedor permitido apenas mediante registro na Anvisa para tratamentos reparadores em casos de sequelas graves de acidentes ou doenças.

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Casal teria provocado deformações em mais de 70 pacientes.

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Polícia acusa casal de usar produtos proibidos em pacientes de clínica de estética

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Acusados de deformar mais de 70 pacientes com o uso dessas substâncias, Paulo César e Karine voltaram à prisão na quarta-feira (12/3). Eles haviam sido detidos em 18 de dezembro, mas foram beneficiados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em fevereiro, que acolheu um agravo regimental impetrado pela defesa dos acusados.

O casal é acusado de formação de organização criminosa, falsificação de produtos terapêuticos, lesões corporais gravíssimas, exercício ilegal da medicina, estelionato e crimes relacionados à prática de procedimentos estéticos e cirúrgicos sem qualificação técnica e autorização legal.

Além da prisão em dezembro, o casal teve as contas bancárias, bens e valores bloqueados. No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos R$ 2,5 milhões e um helicóptero avaliado em R$ 8 milhões.

A Polícia Civil alega que a clínica tinha licença para realizar apenas procedimentos minimamente invasivos, mas vinha promovendo intervenções de alto risco em pacientes com o uso de materiais e equipamentos inadequados.

Defesa

O casal nega o uso dos produtos proibidos, principalmente óleo de silicone. Em nota, a defesa de Karine se manifestou contra a nova prisão e alegou que as investigações estão em andamento.

“Não existe relatório final da autoridade policial. Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela [Karine] tem o direito ao devido processo legal. Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relatem o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito de defesa dela”, alegou o advogado Romero Ferraz.

Paulo César acrescentou que os procedimentos realizados na clínica do casal “seguem os mais rigorosos protocolos”. “Jamais foi utilizada qualquer substância proibida em qualquer cliente, muito menos óleo de silicone”, reforçou a defesa do influenciador.

A decisão da ministra Daniela Teixeira, do STJ, que libertou Paulo César e Karine em fevereiro, considerou que o casal não pode mais interferir nas investigações e que tem um filho, de 7 anos, que passou por cirurgia após um acidente.

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