O diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou, nesta quarta-feira (8/10), que a corporação investiga se a crise envolvendo metanol em bebidas alcoólicas tem relação com o crime organizado. A declaração foi dada no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Citando a megaoperação que investigou o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de outras organizações em um esquema bilionário de sonegação, lavagem de dinheiro e outras fraudes no setor de combustíveis, Andrei Rodrigues detalhou a possibilidade de que o crime organizado esteja envolvido na crise do metanol.
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“Existe, sim, a possibilidade de conexão com a operação anterior que realizamos no porto de Paranaguá. Estamos conduzindo a investigação com muita parcimônia, para verificar se há ou não envolvimento do crime organizado”, relatou o diretor da PF.
Porém, ainda segundo o diretor, “é muito prematuro afirmar se há ou não a participação de uma organização criminosa nesse contexto”.
Metanol
A operação realizada no Porto de Paranaguá desarticulou um esquema de fraude que envolvia, principalmente, postos de combustíveis. Um dos principais eixos do esquema era a importação irregular de metanol. O produto, que chegava ao país pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, não era entregue aos destinatários indicados nas notas fiscais. Em vez disso, era desviado e transportado clandestinamente.
Até o momento, o Ministério da Saúde informou que o número de casos de intoxicação por metanol, após ingestão de bebida alcoólica, entre investigados e confirmados, chegou a 225. São 16 casos confirmados e 209 em investigação.