A Polícia Federal (PF) pediu, na semana passada, que a casa de apostas Blaze encaminhe dados de contas que apostaram no cartão amarelo do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, no jogo contra o Santos, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
De acordo com apuração do Metrópoles, a PF vai fechar o inquérito do atacante Bruno Henrique em 60 dias. Após o fim do prazo, a autoridade policial encaminha um relatório ao Ministério Público, que pode oferecer a denúncia a Justiça ou pedir o arquivamento do inquérito.
A investigação da Polícia Federal deve avançar para outras casas de apostas, a fim de colher dados de apostadores que possam estar ligados a um possível esquema de manipulação de resultados.
O atacante do clube carioca é alvo de duas investigações por possível envolvimento em manipulação de resultados, uma da Polícia Federal e outra do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu mais 30 dias para continuar as investigações.
Investigação PF
A investigação teve início após um levantamento feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 31 de julho de 2024.
A análise foi motivada por um alerta da International Betting Integrity Association (IBIA) sobre possíveis irregularidades na partida contra o Santos, realizada em 1º de novembro de 2023.
Os relatórios da CBF apresentados à PF, explicavam que algumas apostas atípicas foram feitas na Kaizen Gaming por usuários novos e antigos, muitas delas registradas em Belo Horizonte (MG), cidade natal de Bruno Henrique.
Apesar do jogador não ter antecedentes na manipulação de jogos, a CBF afirma que as apostas feitas pelos usuários, juntamente com o comportamento do jogador, que foi punido com dois cartões de advertência nesse jogo, um amarelo por falta contra um jogador do Santos e um cartão vermelho por ofender o árbitro da partida, causou estranhamento e gerou o alerta da IBIA.
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do jogador, que disse que não irá se pronunciar.