Home Brasil PF avalia pedir extradição de Léo Índio sem acionar a Interpol

PF avalia pedir extradição de Léo Índio sem acionar a Interpol

0

A Polícia Federal (PF) estuda possibilidades para o cumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os investigadores avaliam se vão acionar a Interpol ou se farão contato direto com o governo argentino. Em entrevista no fim do mês passado, Léo Índio afirmou ter se refugiado no país vizinho por medo de ser preso.

“Qual o nosso principal medo? Nós não sabemos até onde vão os tentáculos do STF, então temos muito medo dessa listagem cair em mãos de pessoas mal-intencionadas, seria uma pescaria num aquário. Imagine você ter uma listagem de pessoas que estão em determinados locais na Argentina… Seríamos alvos fáceis”, declarou ele.

O receio da PF em acionar a Interpol ocorre porque o Brasil possui acordo de cooperação jurídica com a Argentina, incluindo um tratado de extradição. Isso permite que o pedido de prisão e extradição seja feito por vias diplomáticas — via Ministério da Justiça e Itamaraty — sem necessidade de envolver a Interpol.

Léo Índio possui um documento que concede a ele estadia provisória na Argentina até 4 de junho. Investigadores ouvidos pelo Metrópoles avaliam que o melhor caminho é acionar diretamente as autoridades argentinas, considerando que o caso é tratado com sensibilidade e demanda maior cautela diplomática.

Outro ponto avaliado é que a permanência provisória de Léo Índio — réu por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro — não representa uma proteção automática contra extradição, como ocorreria no caso de concessão de asilo político formal — já solicitado por ele ao governo Milei.

Ainda segundo fontes da PF, acionar a Interpol poderia gerar conflitos e dar uma publicidade internacional desnecessária ao caso.

5 imagens

1 de 5

Léo Índio participou das invasões no 8/1

Reprodução

2 de 5

Léo Índio é primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Reprodução/Redes sociais

3 de 5

Léo Índio é alvo da 19ª fase da Lesa Pátria

Arquivo pessoal

4 de 5

PGR denuncia Léo Índio por tentativa de golpe de Estado

Reprodução / Redes Sociais

5 de 5

PGR: grupo criminoso de Índio defendia “metralhar” ministros do STF

Reprodução/Instagram

Estadia provisória

A defesa de Léo Índio apresentou ao STF um documento informando que ele está na Argentina. A autorização provisória de permanência garante a ele o direito de exercer atividades remuneradas, trabalhar, estudar e acessar os serviços públicos do país.

Em dia 28 de fevereiro deste ano, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio, tornando-o réu por participação nos atos que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A Turma também formou maioria para manter a decisão anterior e rejeitou recurso da defesa. O processo penal foi aberto por meio de julgamento em plenário virtual.

NO COMMENTS

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Sair da versão mobile