Home Brasilia Pesquisador da UnB cataloga uma década de estudos sobre o Cerrado

Pesquisador da UnB cataloga uma década de estudos sobre o Cerrado

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Em uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, o Cerrado abriga uma das relações mais espontâneas da natureza: a parceria entre os beija-flores e as plantas desse bioma. Pequenos e ágeis, esses pássaros desempenham um papel essencial na polinização, garantindo que muitas espécies de plantas continuem a se reproduzir. Mas essa relação está em risco. É o que alerta o doutor em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Kuhlmann, após catalogar uma década de estudos em um livro de 750 páginas.

Com a expansão da agricultura e o desmatamento desenfreado, muitas áreas naturais estão desaparecendo. Isso significa menos flores para os beija-flores visitarem e menos oportunidades para as plantas se reproduzirem. A perda desse equilíbrio pode ter impactos graves em toda a cadeia alimentar.

“Eles possuem asas que batem entre 50 e 90 vezes por segundo e um coração que pode pulsar até 2 mil vezes por minuto, essas aves precisam consumir diariamente uma quantidade de néctar superior ao seu peso corporal. A vegetação nativa do Cerrado, com sua produção contínua de flores nectaríferas ao longo do ano, é fundamental para a sobrevivência desses seres incríveis”, alerta Marcelo Kuhlmann.

Ele é autor do livro “Cerrado em Cores: Flores Atrativas para Beija-Flores“, a obra documenta mais de 300 espécies de flores nativas que são atraentes para essas aves, organizadas por cor e período de floração. As fotografias e ilustrações apresentam a Caliandra, Saca-rolha, Cigarrinha,e Ipê-amarelo-do-cerrado, por exemplo, que são apenas algumas da extensa lista.

 

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