Home Saúde “Pensei ter distendido um músculo, mas era câncer”, conta enfermeira

“Pensei ter distendido um músculo, mas era câncer”, conta enfermeira

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Dores na região da costela podem ser consequência de uma série de condições. A enfermeira americana Tiffany Job, de 39 anos, pensava que o incômodo estava associado à uma distensão muscular — porém, o desconforto era sintoma de um câncer de pulmão em estágio avançado.

Embora uma das principais causas da doença seja o tabagismo, Tiffany foi diagnosticada em 2020 com o tumor no estágio quatro sem nunca ter fumado. “Associei as dores nas costelas a algum exercício feito errado na academia. Quando recebi o diagnóstico, entrei em negação”, afirma a enfermeira em depoimento ao site The Patient Story.

As dores, porém, evoluíram para falta de ar e tosse persistente. Tiffany sequer conseguia andar alguns metros sem que sua frequência cardíaca disparasse e ela ficasse exausta.

Em setembro daquele ano, ainda sem suspeitar do câncer, o médico dela solicitou exames de função pulmonar para testar a capacidade do órgão. “Lembro de terem dito que a capacidade pulmonar dela parecia a de uma pessoa de 80 anos”, conta Nick, marido da enfermeira.

O diagnóstico de câncer de pulmão veio apenas algumas semanas depois, quando os médicos descartaram qualquer outra doença respiratória, como a Covid-19. O tumor foi identificado e já estava em metástase, se espalhando para pélvis, fêmur direito e pescoço.

Câncer de pulmão

Os sintomas do câncer de pulmão geralmente não se manifestam até que o tumor esteja avançado e são inespecíficos, comuns a outras doenças do aparelho respiratório. Os profissionais de saúde consideram difícil identificá-lo precocemente, quando há mais chances de sucesso para o tratamento.


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Os sintomas da doenças incluem, por exemplo:

Rouquidão;
Tosse persistente;
Dor no peito;
Escarro com sangue;
Piora da falta de ar;
Perda de peso e de apetite sem motivo aparente;
Pneumonia recorrente ou bronquite;
Sentir-se cansado ou fraco.

Participante de pesquisa

Segundo a enfermeira, o câncer dela tem uma mutação genética conhecida como receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Nestes casos, o tumor provoca uma produção em excesso da proteína EGFR, que acelera o crescimento das células cancerígenas no pulmão.

A mutação qualificou Tiffany para participar de um ensaio clínico para testar um medicamento contra o EGFR, e ela aceitou prontamente a oportunidade. “Sinto que é assim que aprendemos. Não obtemos informações se as pessoas não fizerem o teste”, afirma.

Apesar da nova terapia, Tiffany publicou em suas redes sociais em novembro de 2023 a informação de que seu câncer ainda está evoluindo. A enfermeira, porém, continua otimista. “Não sabemos o que vai acontecer conosco no final do dia. Devemos viver muito bem cada momento”, diz.

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