Ainda em busca de justiça, Cássio Maurilio, o pai da menina Sarah Raíssa Pereira de Castro, posicionou-se a favor de uma regulamentação para as redes sociais que atuam no país. Sarah morreu aos 8 anos, no último domingo (13/4), após inalar gás de desodorante aerosol como parte de um “desafio” que viu nas redes.
Em entrevista ao Metrópoles, Cássio Maurilio defendeu que, além de uma supervisão dos pais, é preciso que as plataformas tenham responsabilidade sobre o que circula dentro delas. “Elas [plataformas] têm que ter responsabilidade sobre o tipo de vídeo que elas estão transmitindo e para qual tipo de público. Porque, hoje em dia, toda criança tem um celular, o mundo está conectado, está muito fácil o acesso”, disse.
O pai de Sarah ainda alertou para que os adultos fiquem de olho nas crianças e nos produtos com potencial perigo que podem haver dentro de casa. “Vamos prestar mais atenção no que temos dentro de casa. Porque as crianças são enganadas muito fácil e, hoje em dia, a gente não tem como proibir o celular. proibir o celular é proibir a evolução da mente das crianças”, completou.
Veja a entrevista completa:
O que se sabe
- Sarah Raíssa Pereira de Castro deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na quinta-feira (10/4), após ter inalado gás de desodorante.
- A menina foi influenciada por uma trend – algo que se tornou popular – em um aplicativo na internet.
- Sarah teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada após uma hora de tentativas por parte dos médicos. Ela, no entanto, não respondeu mais a estímulos e teve constatada a morte cerebral neste domingo (13/4).
- Agora, a PCDF investiga como a criança teve acesso ao referido desafio. O caso é apurado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).
- O delegado-chefe da 15ª DP, João Ataliba Neto, afirma que o responsável pela publicação do desafio poderá responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado (através de meio que pode causar perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos de idade), cuja pena pode alcançar os 30 anos de prisão.
Relembre o caso
Sarah Raíssa deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na quinta-feira (10/4), após ter inalado gás de desodorante. Ela chegou à unidade de saúde com uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada após uma hora de tentativas por parte da equipe de saúde. Ela, no entanto, não respondeu mais aos estímulos e a morte cerebral foi confirmada no domingo (13/4).
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga como a criança teve acesso ao referido desafio. O caso é apurado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).
Em coletiva após o ocorrido, o delegado-chefe da 15ª DP, João Ataliba Neto, afirmou que o responsável pela publicação do desafio poderá responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado (através de meio que pode causar perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos de idade), cuja pena pode alcançar os 30 anos de prisão.