O verão 2024/25 foi um dos mais quentes do Brasil dos últimos 61 anos. A estação chegou ao fim na última quinta-feira (20/3), dando lugar ao outono, período que marca a transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas abaixo da média em grande parte do país vão marcar o outono 2025.
Previsão do Inmet para o outono
No Norte as chuvas devem ficar acima da média histórica no centro-norte da região. Para áreas do sul do Norte, a perspectiva é de condições favoráveis para chuvas próximas ou abaixo da média durante o trimestre. As temperaturas podem atingir valores de 1 a 2ºC acima da média, no sudeste do Pará e oeste do Tocantins.
Para o Nordeste a expectativa é de precipitações abaixo do padrão no centro-sul da região. Porém, são esperadas chuvas mais regulares na porção norte da Nordeste, devido a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais ao sul de sua posição climatológica. Com exceção da costa norte, a previsão aponta para temperaturas altas no outono na região.
O outono é historicamente uma estação de poucas chuvas no Centro-Oeste, algo que deve se manter neste ano. A região deve enfrentar uma estação muita seca, com temperaturas acima da média e chuvas abaixo do padrão.
Assim como grande parte do Brasil, o Sudeste também terá um outono com precipitações abaixo do esperado. Contudo, o Inmet não descarta chuvas intensas na porção leste da região, devido a passagem de sistemas frontais sobre o oceano, que podem provocar instabilidades para estas áreas.
As temperaturas também serão acima da média no Sudeste, porém há a possibilidade da chegada de massas de ar frio nos próximos meses, que poderão provocar queda nas temperaturas, especialmente em regiões de maior altitude.
No Sul, a previsão indica condições desfavoráveis para as chuvas. As precipitações devem ficar abaixo da expectativa no Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Quanto às temperaturas, a previsão indica predomínio de valores acima da média histórica em grande parte da região
Verão
O verão 24/25 foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961, com temperatura 0,34°C acima da média histórica do período de 1991 a 2020.
As maiores temperaturas máximas foram observadas, principalmente no Rio Grande do Sul, devido à ocorrência de três ondas de calor que atuaram no estado.
Mesmo sob a influência do La Niña, que tende a reduzir a temperatura média global, o verão 24/25 ficou entre os dez mais quentes da série histórica.
Os anos de 2023/2024, 2015/2016, 1997/1998 e 2009/2010 estavam sob influência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, potencializando o aumento de temperatura em várias regiões do planeta.