As cenas cheias de lascívia continuam a acontecer na “Água Liberal”, espaço nas proximidades do Parque da Água Mineral, em Brasília, onde pessoas são flagradas fazendo sexo ou outros atos libidinosos ao ar durante as tardes ensolaradas da capital federal. Novos vídeos recebidos reforçam a prática. Na última gravação, um homem se masturba com tranquilidade no local bucólico em que os brasilienses comuns vão para praticar exercícios físicos.
Assista:
O famoso estacionamento ao lado do Pavilhão do Parque da Cidade, batizado sugestivamente de “Floresta do Sussurro”, ponto de encontro clássico para transas rápidas entre homens, perdeu força. A área em que o sexo corria solto, dentro e fora dos veículos, sofreu um baque ao ter blocos de concreto instalados na entrada. A manobra da administração do parque jogou um balde de água fria nos “surubeiros” ao dificultar o trânsito de carros no local.
Como alternativa, outro point voltou a ferver durante as tardes brasilienses: a “Água Liberal” herdou o movimento e se expandiu para as áreas verdes.
Veja homens dando uma “rapidinha” perto da Água Mineral:
O movimento começa no meio da tarde, por volta de 15h, e pega fogo até o fim do horário comercial. O terreno em que os homens matam o desejo por uma “rapidinha” fica próximo à entrada do parque da Água Mineral.
O local lembra o Estacionamento 8 do Parque da Cidade, onde as orgias rolavam em profusão há pouco tempo. Protegidas por um bambuzal, que fica às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), as vagas são ocupadas por todos os tipos de veículos e pessoas, quase sempre em busca de sexo.
Mais “discretos”, os homens passaram a usar a vegetação alta para esconder as brincadeiras sexuais. Eles estacionam os carros ao lado do meio-fio, entre a vegetação — apelidada de “matinho guloso” — e o estacionamento. O segundo passo costuma ser abrir uma das portas e evitar olhares curiosos. A conversa é curta e não existe tabus, timidez ou preservativos. O sexo é rápido, o risco é alto e a rotatividade impressiona. Alguns homens trocam de parceiros e pulam de carro em carro, literalmente.
“Motoca” pegador
O piscar de faróis é um dos sinais usados para outros homens se aproximarem de onde o “bicho tá pegando”. Na tarde da última quinta-feira (6/2), o entra e sai de veículos e motociclistas aumentava com o passar do tempo.
Um homem que estava em uma moto circulava por entre os carros conversando rapidamente com os escolhidos, e os “tiros” eram, quase sempre, certeiros. Na primeira investida, o “motoca pegador” fez sexo com um homem numa área verde às margens da Epia. Ativo, o motociclista terminou o serviço e logo voltou a fazer o mesmo itinerário entre os automóveis.
Em seguida, ele voltou a circular de moto e resolveu parar ao lado de um SUV estacionado rente ao mato alto. Com as portas abertas, ele deixou que um homem fizesse sexo oral nele. Desconfiados, ambos olhavam para trás a todo instante com receio de serem vistos. Entre 16h e 18h, o volume de carros e sexo grupal chega ao ápice. Homens engravatados dirigindo veículos com as janelas abaixadas passam devagar esperando convite de um ou dois interessados para um ménage.
Veja imagens da pegação na “Água Liberal”:
O Metrópoles passou uma tarde acompanhando as sessões de sexo no lugar. Segundo a Polícia Civil, grupos de homens que vão até o parque ambiental à procura de aventuras homossexuais infringem o Código Penal Brasileiro, já que praticar sexo em público é crime. Ele se enquadra no artigo 233, que se refere à prática de ato obsceno. A pena prevista para esse tipo de crime varia de 3 meses a 1 ano de prisão ou multa. O crime é registrado como contravenção penal.