O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta segunda-feira (17/3), em Brasília, a abertura de novo edital de vagas do programa Mais Médicos. Serão oferecidas, no total, 2,2 mil vagas para profissionais da área, além de cadastro reserva.
Segundo o ministro, os municípios em situação de vulnerabilidade e que precisam de médicos terão até 24 de março para efetivarem a adesão pelo sistema de informação do programa.
A expectativa é de que o processo de seleção ocorra em abril e que os novos médicos comecem a trabalhar em maio. Com essa nova leva de profissionais, o programa chegará a um total de 28 mil vagas ocupadas, atendendo cerca de 60 milhões de brasileiros.
“Eu era o ministro da Saúde durante a criação do Mais Médicos [em 2013]. O programa reduziu encaminhamentos de pessoas para atendimento especializado, (reduziu) custos hospitalares e ofereceu atenção à saúde das pessoas próxima de suas casas”, enfatizou o ministro.
Cadastro de reserva
A principal novidade do novo edital é a possibilidade do cadastro de reserva. A ideia do Ministério da Saúde é tornar mais ágil a oferta de profissionais, conforme a sinalização de necessidade por parte dos municípios.
“Serão 2,2 mil vagas de necessidade imediata, e teremos um cadastro de reserva que vai abranger 3 mil municípios. Eles poderão se manifestar pela necessidade de profissionais, de modo que poderemos responder em curto espaço de tempo, caso algum médico venha a não permanecer mais no programa”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço.
Hoje, menciona Proenço, nas cidades mais vulneráveis ou que estão nos locais mais remotos do país, 60% dos médicos presentes são contratados ou participantes do programa federal.
Padilha critica fake news sobre Mais Médicos
O anúncio do novo edital foi feito durante solenidade de acolhimento de cerca de 400 médicos brasileiros que se formaram em outros países e que vão participar do módulo de formação profissional do Mais Médicos.
Durante discurso, o ministro, que tomou posse e assumiu o cargo há uma semana, em 10 de março, criticou a continuidade de fake news envolvendo o programa federal.
“Até hoje tem gente que tem coragem de criticar o Mais Médicos, e o pior.. É igual quando faz fake news sobre vacina. Esta semana vi uma pessoa que até conheço. Foi meu colega na faculdade de Medicina da USP, quando fazia residência, vindo falar, criticar que o Mais Médicos é o responsável pelo aumento de filas da média e alta complexidade hoje no país, o que é uma mentira”, expôs Padilha.
E ele continuou mencionando pesquisas que mostram o contrário: “Tem vários estudos, evidências científicas, feitas ao longo desses 10 anos, que comprovam que onde teve médico do Mais Médicos reduziu o encaminhamento para média e alta complexidade, porque vocês (médicos) cuidaram e resolveram os vários problemas de saúde como a gente espera [que seja feito] na atenção primária à saúde”.