No Distrito Federal, os jovens declarados brancos ganham 29% a mais dos que os pretos, pardos e indíginas no mercado de trabalho. Na região metropolitana, em municípios do Entorno do DF, essa diferença cai para 7%, segundo aponta pesquisa Observatório de Políticas Públicas do DF (ObservaDF) promovido pela Universidade de Brasília (UnB).
Os municípios que compõem a região metropolitana do DF são Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás (PED, 2020. Os jovens, para a pesquisa, têm entre 18 e 29 anos.
O estudo revela que, embora o Entorno apresente uma maior disparidade salarial entre homens e mulheres — sendo que os homens ganham 12% a mais —, o DF demonstra uma discriminação salarial mais acentuada relacionada à raça/cor.
Há uma predominância masculina nos empregos formais para jovens na região metropolitana, ao contrário do DF, que apresenta uma distribuição mais equilibrada por gênero.
Mais dados
- A pesquisa identificou uma menor disponibilidade de vagas para mulheres na região metropolitana, com 40% dos empregos destinados a elas.
- No DF, o dado mostra um maior equilíbrio na oferta, sendo 47% das posições ocupadas por mulheres.
- A jornada de trabalho de 41h a 44h horas semanais é comum no DF e Entorno.
- Há menos trabalhadores com nível superior empregados mercado formal no Entorno do que no DF – 14,2% do total dos trabalhadores do Entorno tem nível superior contra 31,8% dos trabalhadores do DF.
Como conclusão, a pesquisa enfatizou a urgência de “implementar políticas públicas direcionadas à redução dessas desigualdades, incluindo programas de assistência estudantil, redução nas jornadas para melhor conciliação com os estudos, incentivos à contratação feminina com salários justos no Entorno e ações de promoção da diversidade racial nas empresas do DF”.