O escritor e roteirista Neil Gaiman, conhecido por ter escrito obras de sucesso como Coraline e Sandman, quebrou o silencio sobre as acusações de abuso sexual que vem sendo divulgadas desde 2024 e que tiveram novos relatos de vítimas divulgados na segunda-feira (13/1).
Neil Gaiman falou sobre o assunto em seu próprio site e afirmou que não irá “admitir ter feito coisas” que não fez. O escritor também falou sobre os relacionamentos que teve com funcionárias, citadas entre as vítimas, mas garante nunca ter se envolvido “em uma atividade sexual não consensual com alguém”.
Em um dos trechos da postagem, Gaiman afirma que após acusações ele voltou a ler as conversas que teve com as mulheres que os denunciaram na época dos supostos abusos. Para ele, as mensagens indicam que os relacionamentos pareciam “positivos e felizes de ambos os lados”.
“Também percebo, olhando para elas, anos depois, que eu poderia e deveria ter feito muito melhor. Eu estava emocionalmente indisponível enquanto estava sexualmente disponível, focado em mim mesmo e não tão atencioso quanto eu poderia ou deveria ter sido. Eu era obviamente descuidado com os corações e sentimentos das pessoas, e isso é algo que eu realmente me arrependo”, escreveu.
Na postagem, ele também nega as acusações, chamando-as de “histórias terríveis” e que “simplesmente nunca aconteceram”. Ainda, diz que algumas delas foram “distorcidas e não têm relação com a realidade”.
“Estou preparado para assumir a responsabilidade por quaisquer erros que cometi. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que não sou. Não posso e não vou admitir ter feito coisas que não fiz.”
As acusações
O escritor e roteirista Neil Gaiman, foi alvo, na segunda-feira (13/1), de novas denúncias de abuso sexual. Ao todo, o escritor foi acusado de abusar de oito mulheres diferentes, entre os anos de 1986 e 2022. De acordo com a revista Vulture, dos EUA, que publicou a nova leva de acusações, as vítimas eram em sua maioria fãs de Gaiman, enquanto duas trabalhavam para ele na época do abuso.
As denúncias contra Neil Gaiman começaram em 2024 e afetaram diretamente várias produções das quais o escritor estava envolvido, como a série Good Omens, do Prime Vídeo, e também Sandman, da Netflix.