Os benefícios da musculação para o corpo já são bastante conhecidos. Entre eles, estão a diminuição da gordura e o aumento da massa muscular. No entanto, um novo estudo mostra que os exercícios de força podem ser ainda mais vantajosos na terceira idade.
O estudo publicado na revista científica GeroScience, em 2 de janeiro, contou com a participação de 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve (CCL), um quadro intermediário entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer. O CCL é caracterizado por um declínio cognitivo maior do que o esperado para a idade, mas que ainda não interfere significativamente nas atividades diárias do paciente.
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
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Para chegar aos resultados, os participantes foram divididos em dois grupos: um praticou musculação por seis meses, enquanto o outro não fez exercícios. Eles passaram por testes neuropsicológicos e exames de imagem no início e ao final da pesquisa para compreender os impactos das atividades físicas.
Enquanto o grupo que pegou peso apresentou várias melhoras, os que permaneceram sedentários tiveram uma piora cognitiva.
Os testes mostraram que a realização de treinos de força melhorou a memória, provocou mudanças na anatomia cerebral dos voluntários e ainda impediu a atrofia de áreas cerebrais ligadas ao Alzheimer.
Já as pessoas sedentárias tiveram problemas no hipocampo e no pré-cúneo, áreas cerebrais ligadas ao Alzheimer. De acordo com os pesquisadores, a atrofia dessas regiões está relacionada ao aparecimento da doença cognitiva.
“O grupo que treinou apresentou melhor desempenho na memória episódica verbal após a intervenção. Já o grupo de controle (o que não treinou), apresentou diminuição do volume de massa cinzenta no hipocampo e pré-cúneo, enquanto o grupo de treinamento não apresentou redução no hipocampo e pré-cúneo direitos”, afirmam os autores do estudo no artigo científico.