A empresária Aline Bianca, de 38 anos, sofreu um infarto logo depois do desfile de sua escola de samba, a Boa Vista, do Carnaval de Vitória (ES). Ela morreu horas após a apresentação, no domingo (23/2).
Ao chegar em casa, Aline comunicou familiares de que estava passando mal. Ela foi levada ao Hospital Meridional, na Serra, onde foi diagnosticada com infarto e atendida para conter o ataque cardíaco, mas não resistiu.
O velório ocorreu nesta segunda-feira (24/2). Dona de um salão de beleza, Aline desfilava há três anos no Carnaval capixaba e era a principal atração do segundo carro alegórico da escola.
“A Boa Vista lamenta imensamente essa perda e se solidariza com familiares e amigos neste momento de dor. Que Aline seja sempre lembrada por sua alegria, carisma e amor pelo samba. Seu legado e seu brilho jamais serão esquecidos.”, publicou a escola nas redes sociais.
Esforço físico extremo e riscos cardíacos
Segundo a cardiologista Fernanda Mangione, membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), esforços físicos intensos, como desfiles de Carnaval, podem elevar a frequência cardíaca e a pressão arterial, aumentando o risco de infarto.
Além disso, a desidratação, comum nesses casos, torna o sangue mais viscoso, aumentando o risco de formação de coágulos que podem impedir a circulação.
Ainda assim, ela afirma que esses casos são muito raros. “Geralmente, pessoas que praticam exercícios intensos não sofrem eventos cardíacos, a menos que já tenham condições pré-existentes, como cardiomiopatia hipertrófica”, explica Mangione.
A condição, comum em fisiculturistas, é caracterizada pelo espessamento do músculo cardíaco e pode predispor arritmias e outros problemas graves da saúde do coração.
Importância da avaliação médica prévia
A cardiologista Julianny Freitas Rafael, do Rio de Janeiro, ressalta que atividades físicas moderadas ou intensas devem ser realizadas com supervisão e avaliação médica.
“É essencial que atletas, tanto profissionais quanto amadores, façam exames cardíacos regulares, incluindo testes específicos para detectar possíveis arritmias. O eletrocardiograma é o mais indicado por registrar a atividade elétrica do coração e pode detectar alterações no ritmo cardíaco”, alerta a médica.
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