O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu os indiciamentos da Polícia Civil do DF (PCDF) e se colocou favorável à prisão preventiva de Pablo Stuart Fernandes Carvalho (foto em destaque), 30 anos, psicólogo acusado de maus-tratos contra, pelo menos, 16 gatos.
O promotor do caso, Roberto Carlos Batista, ainda decidirá se levará o caso ou não ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). O Metrópoles apurou que a tendência é que o MP formalize uma denúncia contra Pablo. Se a denúncia chegar ao TJDFT, um juiz, então, decidirá contra ou a favor a prisão preventiva do psicólogo.
Pablo Stuart Carvalho foi indiciado de maneira individual por maus-tratos a 16 gatos. São, portanto, 16 acusações contra o psicólogo. Ele é investigado por praticar experimentos com gatos de uma cor específica (cinza e de pelagem rajada) e teria adotado pelo menos 16 felinos em seis meses.
O crime de maus-tratos a animais prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos por cada delito. A DRCA requereu a prisão preventiva do indiciado em de março de 2025, mas o pedido ainda aguarda decisão judicial.
Justiça pelos tigrados
Cerca de 50 pessoas, entre doadoras de animais e simpatizantes com a causa, fizeram uma manifestação na frente do MPDFT nesta sexta-feira (21/3), pedindo justiça pela morte dos gatos.
Bradando “Justiça para maus-tratos”, o grupo estendeu faixas por cerca de três horas a fim de conscientizar a população e pedir a celeridade do MP no caso — após o pedido de prisão preventiva por parte da PCDF, o Ministério precisa acatar e levar o caso à Justiça.
A diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Vanessa Negrini, também esteve presente.
Veja imagens da manifestação:
CRP cancelado desde 2023
Psicólogo desde 2017, Pablo Stuart cancelou o próprio registro profissional junto ao Conselho Regional de Psicologia do DF (CRP-DF) em 2023. O órgão reiterou ao Metrópoles que, diante dos fatos, apura providências cabíveis para “reforçar a provocação às autoridades competentes” e demonstra solidariedade com aqueles que ficaram profundamente consternados com a situação narrada pelas reportagens.
“Este Conselho repudia qualquer ato de violência e crueldade, e coloca-se à disposição para colaborar com as investigações”, encerra o CRP-DF.
Defesa
A defesa de Pablo Stuart foi novamente contatada e negou veementemente todas as acusações e reiterou a versão de que os gatos fugiram no mês passado, em um momento de surto do rapaz.