Goiânia – Uma das siamesas de São Paulo que foram separadas no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), na capital goiana, faleceu. As meninas Kiraz e Aruna de 1 ano e seis meses eram ligadas pelo tórax, abdômen e bacia. A notícia da morte foi compartilhada pelo pai das crianças por meio das redes sociais.
“Descanse em paz, filha!”, publicou o perfil das gêmeas no Instagram. De acordo com o Hecad, o andamento do protocolo de morte encefálica de Kiraz está em andamento. Já o estado de saúde de Aruna não foi divulgado.
As gêmeas foram submetidas a cirurgia de separação no último dia 10 de maio, no entanto, o procedimento teve cerca de 19 horas de duração e terminou no dia 11. Elas estavam internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hecad e tiveram febre alta.
Cirurgia complexa
A cirurgia de separação das siamesas teve a participação de 16 especialistas e com uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais. A preparação para o procedimento começou há 6 meses, quando foi realizada a primeira cirurgia de pré-separação, quando as meninas receberam expansores de pele.
O procedimento, considerado de alta complexidade, foi realizado pelo médico Zacharias Calil. Segundo ele, a cirurgia teve custo superior a R$ 2 milhões e foi totalmente custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Planejamento
As crianças são naturais de Igaraçu do Tietê, em São Paulo. Segundo o Hecad, o processo cirúrgico teve mais de um ano de planejamento. Além do procedimento, as gêmeas passaram por consultas quinzenais em abril e visitas semanais ao hospital para que o crescimento das duas fosse acompanhado, além do esquema vacinal, para garantir a imunidade das irmãs.