Os ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram, nesta quarta-feira (30/7), a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Casa Branca aplicou a lei Magnitsky contra o magistrado.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que Alexandre de Moraes está sendo “perseguido e atacado” pelos Estados Unidos.
“Nossa irrestrita solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, perseguido e atacado por uma potência estrangeira para fazer o seu trabalho e cumprir o seu dever de magistrado”, escreveu o ministro da rede social X.
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A lei aplicada contra Alexandre de Moraes prevê a inclusão do nome do magistrado no sistema de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) e no site do Departamento do Tesouro.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu que a ação do governo norte-americano contra Alexandre de Moraes é um ataque à soberania brasileira e prestou solidariedade ao ministro da Suprema Corte.
“Aplicar uma lei criada para defender os direitos humanos contra um juiz que está apenas cumprindo a lei mostra que o único objetivo de Donald Trump é interferir na soberania brasileira a pedido de Jair Bolsonaro e seus cupinchas. Não vou conseguir. O Brasil é dos brasileiros. Minha solidariedade ao ministro Alexandre Moraes”, indicou Paulo Teixeira.
Já a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse que o ato dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes é um “ato violento e arrogante”.
“A nova sanção do governo Trump ao ministro Alexandre de Moraes é um ato violento e arrogante. Mais um capítulo da traição da família Bolsonaro ao país. Nenhuma nação pode se intrometer no Poder Judiciário de outra. Solidariedade ao ministro e ao STF. Repúdio total do governo Lula a mais esse absurdo”, criticou, por meio de uma publicação nas redes sociais.
O presidente Lula ainda não se manifestou sobre o assunto.