Gal Costa morreu em novembro de 2022, mas deixou uma legião de fãs, entre eles, Marina Sena. A cantora pop da nova geração tem na artista uma inspiração e a considera um dos principais nomes da música brasileira.
Em entrevista ao Metrópoles durante o João Rock, que ocorreu em 8 de junho, em Ribeirão Preto (SP), Marina explicou que conheceu o som de Gal Costa ainda na infância, por causa da mãe, que é uma grande fã da artista. Mas também pela presença das músicas dela em novelas, como Gabriela e Porto dos Milagres.
“Uma das primeiras músicas que eu aprendi na vida foi uma música da Gal Costa, foi aquela ‘Brasil, mostra a sua cara…’. Pequenininha eu cantava essa música”, relembrou a mineira.
Marina Sena detalhou que sempre teve uma relação forte com a voz de Gal e isso influenciou diretamente na carreira artística dela. “Quando eu comecei a me assumir como artista, a me colocar nesse lugar, eu me aprofundei mais ainda na obra de Gal, comecei a descobrir coisas e vi o tanto que uma artista muito completa”, pontua. Ela ainda segue com mais elogios:
“Para mim, é a maior voz do Brasil, mesmo. Para mim não tem voz mais linda, mais brasileira. Porque a voz dela é completamente brasileira, não tem afetações estrangeiras, e, se tiver, é de um jeito que ela faz parecer muito autêntico”.
A artista lembra ainda que as duas dividem a mesma data de aniversário — 25 de setembro — e que a última música gravada por Gal Costa em um estúdio foi com ela, o single póstumo Para Lennon e McCartney. Apesar de toda a adoração, Marina Sena enfrentou críticas ao cantar Meu Nome é Gal no The Town, em 2023. Mesmo assim, a artista segue em sua trajetória de homenagem.
“Eu sinto que ela me tirou da minha zona de conforto, completamente. Ela me mostrou que o mundo existia, me tirou do interior e me levou para o mundo. A voz dela [me levou para o mundo]”, finalizou Marina.
Retorno às raízes e pé no chão
Durante o show no João Rock, Marina Sena homenageou Gal Costa com uma versão voz e violão de Vapor Barato. Antes de entoar o sucesso, no entanto, ela pontuou que tocar o instrumento representa um retorno a um lugar de conforto para ela.
Ao Metrópoles, ela lembra que começou a compor apenas com violão e instrumentos mais orgânicos. Além disso, enfatizou que essa é a base da formação dela como artista.
“Isso é meu e é uma coisa que eu sinto a necessidade de me apropriar, porque tem a ver com a minha autoestima também. Eu acho que quanto mais você se apropria das coisas que são unicamente suas, mais autoestima você tem. E sinto que para ter uma carreira sólida como artista, você precisa saber exatamente quem você é e o que você está entregando”, finalizou.
