O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso sob suspeita de ser o mentor do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o desbloqueio do salário como delegado da corporação.
O que aconteceu?
- Rivaldo Barbosa está preso desde março do ano passado, sob suspeita de ser o mentor do assassinato de Marielle.
- Os salários dele, como delegado de polícia, estão bloqueados desde a decisão da prisão.
- O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
O pedido foi encaminhado a Moraes nesta segunda-feira (17/2). Na petição, a defesa de Barbosa argumenta que suas contas bancárias estão bloqueadas há quase um ano, o que estaria comprometendo gravemente as condições financeiras de sua família. Segundo os advogados, a situação prejudica “o mínimo existencial” dos dependentes do delegado.
Rivaldo está preso desde março do ano passado, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal — o salário dele foi bloqueado na mesma decisão que determinou sua prisão. O delegado cumpre pena na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Outro alvo da operação foi o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do duplo homicídio que vitimou Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. O parlamentar permanece preso, após ser delatado por Ronnie Lessa.
O ministro deverá encaminhar o pedido da defesa à Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão.
Desbloqueio
No início deste mês, Moraes autorizou o desbloqueio de 30% do salário de Marco Antônio de Barros Pinto, inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também investigado pelo assassinato da vereadora.
A decisão determinou que a instituição financeira responsável informe ao STF sobre a liberação parcial da remuneração líquida do inspetor.