Completa 50 anos, neste 11 de setembro, o golpe militar liderado por Augusto Pinochet no Chile, que resultou na morte do então presidente do país, Salvador Allende, dentro de seu gabinete. O país latino está recordando o acontecimento com eventos acompanhados pelo presidente Gabriel Boric.
O governo brasileiro enviou ao Chile os ministros Flávio Dino, da Justiça, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está voltando da Índia, se manifestou pelas redes sociais.
“Mais do que recordar os 50 anos do golpe militar no Chile e da morte do Salvador Allende, hoje é dia de reafirmarmos a democracia como valor essencial para os seres humanos. Que sem ela desaparece aquilo que nos faz humanos”, escreveu Lula.
O presidente apontou que o “golpe comandado por Pinochet mergulhou o país numa ditadura de 17 anos de tortura e morte”.
“Allende foi sua primeira vítima, pelo ‘crime’ de tentar fazer do Chile um país mais desenvolvido e mais justo. Restaurada a democracia, no Chile, Brasil, Argentina, Uruguai e em todos os países sufocados pelo autoritarismo, nossos povos voltaram a respirar. Como disse Allende, em seu último discurso, no palácio de La Moneda: ‘A história é nossa, e os povos a fazem’”, seguiu Lula.
E continuou: “Hoje é dia de celebrar a democracia, homenagear Allende e repudiar qualquer tentativa de golpe – no Chile, no Brasil, na América do Sul, no mundo. E juntos fazermos a nossa história. Uma história de liberdade, de combate à fome e de luta contra todas as formas de desigualdade. Um abraço fraterno ao povo chileno”, concluiu.
Presidente Luís Inácio Lula da Silva durante reunião com o presidente da República do Chile, Gabriel Boric Font no palácio do Itamaraty 4
Boric e Lula
Igo Estrela/Metrópoles
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Postagem de Lula
Reprodução/Twitter
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Ações diplomáticas do governo Lula
Serão inauguradas pela diplomacia brasileira no Chile, em 12 de setembro, placas em homenagem à expressiva comunidade brasileira exilada no país antes do golpe e aos mortos e outras vítimas brasileiras de violações de direitos humanos pela ditadura chilena. As placas serão instaladas na Praça Brasil, em Santiago, e na Embaixada do Brasil.
Segundo o Itamaraty, participará da inauguração, “um grupo expressivo de ex-exilados brasileiros no Chile, que viajam ao país, por meios próprios, para homenagear o país que os recebeu no passado”.