O líder da oposição, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), disse nesta quarta-feira (30/7) que a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “não deve ser vista como motivo de comemoração”. O congressista afirma que a sanção do governo americano é uma “constatação de que [houve] sucessivos abusos, arbitrariedades e decisões controversas” do ministro.
A posição de Zucco vai na contramão de outros políticos da direita, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que elogiou a sanção.
“É imprescindível que o STF [Supremo Tribunal Federal], o Congresso Nacional e o Executivo compreendam a gravidade do momento e revejam os excessos cometidos, especialmente nas ações relacionadas aos processos do dia 8 de janeiro e nas acusações dirigidas ao presidente Jair Bolsonaro. A perseguição política e a utilização da Justiça como instrumento de intimidação não apenas corroem a democracia, mas também isolam o Brasil no cenário internacional”, declarou Zucco, em nota.
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Tarifaço
O líder da oposição disse, ainda, que o Brasil corre o “risco de agravar ainda mais um quadro que já é dramático”, em referência às sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), ao governo. Também nesta quarta, Trump assinou uma ordem executiva que oficializa a tarifa de 50% a produtos importados do Brasil.
O tarifaço estava marcado para começar nesta sexta-feira (1º/8). No entanto, a ordem executiva assinada por Trump define para o dia 6 de agosto o início da vigência da tarifa.
Apesar do ato, o presidente americano deixou quase 700 itens de fora do tarifaço, como produtos aeronáuticos civis – o que interessa à Embraer -, suco e derivados de laranja (suco e polpa), minério de ferro, aço e combustíveis, por exemplo.
Em nota, Zucco não elogiou a medida. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa “sair da paralisia e atuar com urgência” para negociar com os Estados Unidos um acordo sobre as tarifas.
“É fundamental sentar-se à mesa de negociação diretamente com o presidente Donald Trump, sem adiamentos nem embaraços ideológicos, para buscar soluções que preservem empregos e garantam a competitividade dos nossos produtores e exportadores”, declarou o líder da oposição.
