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sexta-feira, 14 março, 2025
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    HomeBrasil“Levar McDonald’s pra você na cadeia”, ironizou coronel a Mauro Cid

    “Levar McDonald’s pra você na cadeia”, ironizou coronel a Mauro Cid

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    Uma das conversas apreendidas pela Polícia Federal (PF) revela que a possibilidade de prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), chegou a ser ironizada pelo coronel da ativa Romão Corrêa Netto, um dos investigados na apuração sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

    Trecho da conversa incluída no inquérito aponta que “militares revelam a ciência da inexistência de fraudes” nas eleições’, diz a polícia.

    “Sou eu que vou levar McDonald’s pra você na cadeia”, escreveu Corrêa Netto para Cid, em novembro de 2022. Em resposta à ironia do colega de farda, Cid ri e informa: “Estou no STF (Supremo Tribunal Federal)”. Corrêa então escreve: “Eu hein!”.

    Ao jornal o Globo, a defesa de Cid disse que a informação não é relevante e que não iria comentar. À época, o então ajudante de ordens acompanhava Bolsonaro em uma visita institucional aos ministros da Corte, dois dias após o segundo turno. Na ocasião, o ex-presidente resistia e dar qualquer declaração admitindo a derrota eleitoral.

    Homem de confiança de Mauro Cid

    O coronel Corrêa Netto era assistente do Comando Militar do Sul, à época da conversa. Segundo a PF, ele é apontado como homem de confiança de Cid, responsável por executar tarefas fora do Palácio do Planalto que o então ajudante de ordens não conseguiria desempenhar “por razão do seu ofício”.

    O ex-ajudante de ordens foi preso em maio do ano passado após ser alvo de uma operação da PF que apura a inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele deixou a prisão em setembro, após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

    Já o coronel Corrêa Neto foi preso na semana passada após ser alvo da Operação Tempus Veritas, da PF, que suspeita de que uma organização criminosa atuou na tentativa de um golpe de Estado. No dia da ação policial, o militar estava nos Estados Unidos fazendo um curso e foi trazido ao Brasil escoltado pelo Exército.

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