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LDO prevê que PIB crescerá 2,5% e inflação será de 3,5% em 2026

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A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,5% no próximo ano. A estimativa faz parte do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15/4).

No recorte de outros parâmetros macroeconômicos, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é mais otimista. Para o governo, o IPCA será de 3,50% no acumulado de 2026.


O que é a LDO?

  • A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um documento que estabelece as regras para a elaboração da Lei Orçamentária Anual do ano seguinte, ou seja, o Orçamento Federal.
  • A LDO também determina o nível de equilíbrio geral entre receitas e despesas, ou seja, a meta fiscal para o ano seguinte que deverá ser seguida pelo Executivo.
  • Outro ponto que consta na LDO é a proposta de salário mínimo para o exercício seguinte, bem como as projeções para o crescimento do país (Produto Interno Bruto), inflação e taxa de juros (a Selic).
  • O documento traça as regras para execução das despesas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
  • Além disso, a LDO autoriza o aumento de despesas com pessoal — pagamentos feitos a servidores públicos (ativos e inativos) e pensionistas.

PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, e uma queda implica encolhimento da produção econômica da nação.

Na LDO, o governo federal estima um avanço de 2,5% em 2026 e um leve crescimento nos próximos anos. Além disso, mostra que é esperada uma desaceleração no crescimento do PIB de 2025, após alta de 3,4% em 2024.

Confira as projeções:

  • 2025: 2,31%
  • 2026: 2,50%
  • 2027: 2,59%
  • 2028: 2,56%
  • 2029: 2,59%

IPCA

A equipe econômica voltou a projetar a inflação dentro da meta inflacionária em 2026. No documento, o governo federal também assume que a meta será descumprida neste ano, com IPCA acumulado de 4,90% — bem acima do teto da meta.

Para 2025 e 2026, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu a inflação anual em 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

A LDO prevê que a inflação ultrapassará os limites da meta neste ano, mas que no exercício seguinte ficará acomodada dentro do intervalo de tolerância. Veja as previsões a seguir:

  • 2025: 4,90%
  • 2026: 3,50%
  • 2027: 3,10%
  • 2028: 3%
  • 2029: 3%

Vale destacar que, a partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Selic

O governo Lula (PT) também fez projeções para a taxa básica de juros, a Selic. A estimativa da equipe econômica é que a taxa Selic fique em 14% ao ano, no fim de 2025, e em 12,56% ao ano, no fim de 2026.

No PLDO, a expectativa é que a taxa de juros comece a cair a partir do próximo ano, indo de 12,56% para 7,27% em 2029.

Confira as demais estimativas:

  • 2025: 14% ao ano
  • 2026: 12,56% ao ano
  • 2027: 10,09% ao ano
  • 2028: 8,27% ao ano
  • 2029: 7,27% ao ano

Atualmente, a taxa Selic é de 14,25% ao ano. No entanto, um novo aumento ainda está no radar. Isso porque na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado do BC indicou que o ciclo de aperto monetário “não está encerrado”, mas frisou que o próximo aumento “seria de menor magnitude”.

Tramitação no Congresso Nacional

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é apresentada e votada no início do ano, enquanto a Lei Orçamentária da União (LOA), o Orçamento Federal, é apreciada no segundo semestre.

Inicialmente, a LDO será encaminhada para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), formada por deputados e senadores, responsável por emitir parecer sobre o documento. Vale lembrar, que os parlamentares são aptos para fazer qualquer tipo de alteração na peça sugerida pelo governo.

Depois de passar pela CMO, o projeto orçamentário é apreciado pelo Congresso Nacional em sessão conjunta. Com a aprovação, o texto é enviado ao presidente da República para sanção ou veto, parcial ou total.

O projeto precisa ser votado e aprovado até 17 de julho. Isso porque não haverá recesso parlamentar no meio do ano, caso a LDO não seja aprovada no Congresso Nacional.

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