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sábado, 29 março, 2025
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    HomeBrasiliaJustiça mantém preso psicólogo que torturou e matou ao menos 16 gatos

    Justiça mantém preso psicólogo que torturou e matou ao menos 16 gatos

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    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve preso o psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho (foto em destaque), 30 anos, suspeito de matar ao menos 16 gatos no apartamento onde morava, no Gama.

    Pablo Stuart foi preso pela Polícia Civil do DF (PCDF) na noite dessa terça-feira (26/3). Ele havia se mudado para a casa da mãe desde a repercussão do caso revelado pelo Metrópoles.

    Foi a mulher quem abriu os portões no momento da chegada dos policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA/PCDF). O suspeito não reagiu à prisão.

    Veja alguns dos gatos adotados por ele:

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    O psicólogo adotava gatos tigrados para fazer rituais macabros com os felinos. Embora tenha sido indiciado por maus-tratos contra 16 gatos, protetoras que doaram felinos ao suspeito contaram à reportagem que pelo menos outras cinco cuidadoras surgiram para relatar que também entregaram bichinhos para o autor.

    O que aconteceu

    • Em 13 de março, a DRCA Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais instaurou inquérito policial contra Pablo Stuart Fernandes Carvalho.
    • A DRCA havia apurado que, desde o ano passado, o psicólogo procurava protetores de animais pedindo para adotar gatos de pelagem cinza e rajada. Um mês após uma adoção, ele inventava histórias para as doadoras afirmando que os bichos haviam sumido e pedia outro animal.
    • Ele começou a adotar em setembro de 2024. De lá para cá, foram diversos gatos adotados, todos da mesma pelagem.
    • Pablo usava discurso emotivo para continuar adotando os bichinhos sem que as cuidadoras desconfiassem.
    • Após a divulgação inicial do caso, a maior dúvida era o que havia acontecido com os gatos. Agora, com áudios e depoimentos de testemunhas, a principal suspeita é que Pablo tenha matado ao menos 15 felinos.
    • Ainda não se sabe se o rapaz de 30 anos atuava com alguém ou sozinho. Também não é possível afirmar por que Pablo preferia gatos cinzas e rajados.
    • A defesa de Pablo nega todas as acusações.

    Áudios angustiantes

    Testemunhos e áudios obtidos pela reportagem indicaram a crueldade cometida pelo suspeito contra os bichos.

    Registros feitos por vizinhos do psicólogo, gravados há nove meses, mostram os gatos do suspeito agonizando por maus-tratos cometidos pelo psicólogo.

    Ouça:

    O fisioterapeuta Mateus Vieira, 25, é um dos vizinhos de Pablo que perceberam as agressões cometidas pelo psicólogo contra os felinos. Ele conta ao Metrópoles que notou algo errado em agosto de 2024 e ressalta que denunciou de imediato, mas que, até então, o relato não havia surtido efeito.

    “Em uma noite de agosto, minha noiva ouviu uns barulhos estranhos na área de serviço e me chamou. Eu cheguei perto e percebi umas batidas na parede e uns gritos de gatos”, comenta Mateus. “Eu era vizinho de porta desse cara, o que divide nossos apartamentos é apenas uma parede. Por isso, dava para ouvir muito bem”, explica.

    Mateus afirma que, dias depois do primeiro episódio de maus-tratos, encontrou o corpo de um gato tigrado a 300 metros do condomínio. Posteriormente, viu outros dois felinos mortos próximo ao residencial e também no contêiner de lixo dos moradores.

    Após um hiato de um mês, os barulhos que indicavam maus-tratos voltaram com força total. “Nós sempre ouvíamos ele dando banho nos bichinhos no fim do dia, entre 23h e 1h”, relata. “Quem sabe o mínimo sobre gatos sabe que não se deve dar banhos constantes nos felinos, que dirá nesse horário onde o frio é mais severo.”

    “Enquanto ele dava banho, ele xingava os gatos de ‘desgraçados’, ‘filhos da puta’… Era possível ouvir os gatinhos arranhando o box do banheiro, gritando e tentando fugir daquilo.”

    Defesa nega

    A defesa de Pablo Stuart foi contatada para falar sobre as novas denúncias. O advogado Carlos Silva negou veementemente todas as acusações e reiterou a versão de que os gatos fugiram todos de uma vez, em fevereiro deste ano, em um momento de surto do rapaz.

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