O Tribunal do Júri de Curitiba anunciou que o júri popular de Jorge Guaranho, acusado de homicídio do guarda municipal e petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR), terá início nesta terça-feira (11/2). O julgamento está agendado para as 10h.
Relembre o caso
- O guarda municipal e tesoureiro municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, na noite de 9 de julho de 2022, em Foz do Iguaçu.
- A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao até então pré-candidato às eleições daquele ano, Luiz Inácio Lula da Silva.
- Por volta das 23h, o ex-policial penal e autodeclarado apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro Jorge Guaranho invadiu a comemoração e, após uma discussão com o aniversariante, atirou em Marcelo. Ele teria proferido “aqui é Bolsonaro, porra” antes de efetuar os disparos, de acordo com uma testemunha.
O julgamento será dirigido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
Em setembro de 2024, a Justiça concedeu prisão domiciliar a Jorge Guaranho, que deveria ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Inicialmente, Guaranho seria julgado em Foz do Iguaçu, no Paraná, mas o julgamento foi suspenso depois que a defesa do réu deixou o plenário, em 4 de abril de 2024. Em 13 de junho, o Tribunal de Justiça do Paraná decidiu pela transferência do caso para Curitiba.
Assassinado, Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em um clube. A festa de aniversário tinha como tema o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que na época era candidato ao Palácio do Planalto contra Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição.
Marcelo Arruda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ele deixou quatro filhos, um deles era um bebê de pouco mais de 40 dias.
Viúva de Arruda
Pamela Silva, viúva de Marcelo Arruda disse, em entrevista ao Metrópoles, que espera que Guaranho cumpra pena máxima pela morte do companheiro. “Todas as vezes é aquela sensação de que agora vai. Agora vai, agora a gente vai conseguir, a gente vai conseguir essa justiça”, afirmou Pamela. “Eu acredito que a comunidade, a sociedade, a população de Curitiba, os jurados vão entender de fato o que aconteceu e vão julgar. Porque de fato o Guaranho matou.”
“Eu acredito que a comunidade, a população de Curitiba vá dar a pena máxima para ele”, complementa a viúva de Marcelo Arruda.