Harry Spacagna tinha 24 anos quando percebeu que precisava fazer uma mudança radical nos hábitos alimentares para ter qualidade de vida. O jovem de Hampshire, na Inglaterra, pesava 190 kg e seguia um alimentação saudável nas principais refeições do dia, mas o problema estava nos lanches entre elas.
Harry tinha o hábito de comer fast food, lanches prontos e guloseimas de alto teor calórico para suprir a fome emocional.
“Minhas refeições eram bem saudáveis, mas eu comia muito entre elas por tédio. É muito fácil ir até a cozinha e pegar alguma coisa. Eu tinha problemas com minha saúde mental, então comia para tentar me sentir melhor”, contou o assistente social em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.
O rapaz conta que costumava ser fisicamente ativo, mas à medida que ganhava peso se sentia cada vez mais sem fôlego e mais limitado. “Eu ficava sem fôlego e não conseguia acompanhar meus colegas”, lembra.
Mudanças na alimentação
O estalo de que precisava mudar de vida aconteceu em abril de 2023, durante férias na Alemanha, quando um dos amigos contou que estava preocupado com a saúde de Harry. “Aquilo realmente me atingiu, foi um alerta. Percebi que queria ter filhos nos próximos cinco anos e poder jogar futebol com eles”, disse.
A partir daquele dia, ele decidiu que abandonaria os lanches de sua rotina e voltaria a praticar atividade física. Ele encontrou apoio em um grupo de homens na mesma situação, que se juntou para jogar futebol.
Depois de ganhar confiança, Harry passou a frequentar a academia. Com a ajuda de um personal trainer, ele entendeu que precisava conciliar exercícios aeróbicos com musculação para queimar mais calorias.
“No começo, eu fazia treinamento de resistência com pesos para ganhar músculos porque meu treinador disse que se eu tivesse mais músculos, queimaria mais calorias. Também estou monitorando calorias e, por causa dos meus exercícios, como 2,5 mil calorias por dia e ainda perco peso”, revela.
Dois anos depois, Harry perdeu 90 kg e se considera um “ex-viciado em McDonald’s”. Ele percebeu que tem uma relação muito diferente com a comida agora.
“Ainda como uma guloseima ocasional, mas como muito menos alimentos processados. É surpreendente, não vejo mais a comida como uma muleta emocional. Sou muito melhor em processar minhas emoções sem comida, e isso vem da confiança e do poder que adquiri com essa mudança. Até meu desempenho no trabalho melhorou porque minha confiança aumentou”, afirma.
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