O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (17/7), que não tem mais recursos para mandar para o filho e deputado-federal-licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), se manter nos Estados Unidos, caso ele perca o mandato.
Bolsonaro afirmou que já mandou cerca de R$ 2 milhões para que o “03” ficasse no país desde março, quando anunciou que se ausentaria do cargo por temer ações do judiciário contra ele. À época, a Procuradoria-geral da República (PGR) analisava um pedido de retenção do passaporte do congressista.
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“Já mandei R$ 2 milhões, eu não tenho mais. O dinheiro está acabando”, declarou o ex-presidente à imprensa depois de se reunir com aliados no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em Brasília.
O ex-presidente admitiu que Eduardo deverá permanecer nos EUA, onde tem articulado por sanções contra o governo e o judiciário brasileiro em prol do seu pai e de apoiadores. O deputado licenciado celebrou a decisão do presidente Donald Trump em taxar em 50% todos os produtos do Brasil que chegam aos EUA.
Flávio disse que o partido conta com o tempo, depois da licença, que Eduardo pode acumular faltas nas sessões da Câmara sem perder o mandato. O prazo total, segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é de 44 sessões– o que totaliza cerca de 5 meses em que ele poderá se manter no cargo.
O mesmo ocorreu com o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que está preso por ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) determinou a perda de mandato de Brazão a partir do Artigo 55 da Constituição Federal.
Ela determina que deputados e senadores podem perder o mandato se deixarem de comparecer a 1/3 “das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada” no ano.