A nova ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta quinta-feira (13/3) que a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil será apresentada na próxima semana. Ela se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim desta manhã, na sede da pasta.
“Nós vamos ter pautas na área de economia muito importantes para o país. E eu vim conversar com o ministro Fernando Haddad exatamente para a gente acertar a tramitação dessas pautas no Congresso e ter como prioridade”, iniciou a ministra.
Em seguida, ela citou a medida provisória (MP) do crédito consignado privado, editada nessa quarta-feira (12/3) pelo presidente Lula (PT), como “uma pauta fundamental”.
“Semana que vem nós vamos apresentar o projeto da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil”, completou.
Gleisi também disse que o Ministério da Fazenda está terminando de fazer a redação desse projeto, que foi anunciado como promessa de campanha de Lula em 2022.
Para compensar a perda de receitas que o aumento da isenção trará, o governo irá propor um imposto mínimo de 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.
Ela ainda citou outros itens, como a limitação dos supersalários no serviço público e a Previdência dos militares, que disse serem prioridades na pauta econômica.
“Já tem pautas lá [no Congresso] tramitando que também são importantes para a área da economia e das finanças públicas, como a questão da limitação dos supersalários, aposentadoria de militares… Então, nós estamos acertando essas pautas prioritárias para a gente acompanhar de forma especial e com conversação muito de perto com os líderes e os presidentes das Casas”, afirmou.
Ela frisou que o governo entregou um resultado fiscal “relevante” em 2024, apesar do déficit. “Então, é um ajuste relevante”. Disse, por fim, que as medidas pelo lado da receita, que ampliaram a base arrecadatória do governo, têm dado equilíbrio às contas públicas. “Agora o foco são nessas medidas que eu falei e que são as prioridades da área econômica”.