Os preços da indústria nacional registraram, pela décima vez consecutiva, avanço. Desta vez, o crescimento foi de 1,23% em novembro em comparação a outubro. É o que mostram os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (7/1).
No período de 12 meses até novembro, o IPP acumula alta de 7,59% — maior resultado desde setembro de 2022, quando atingiu (9,84%). No acumulado do ano, o índice ficou em 7,81%.
Segundo o IBGE, as atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de novembro foram: alimentos, metalurgia, indústrias extrativas e refino de petróleo e biocombustíveis.
Para o gerente da pesquisa, Alexandre Brandão, o resultado do IPP em novembro “intensifica o índice positivo visto em outubro (0,97%)”. “Isso, em grande parte, é consequência da dinâmica dos preços de alimentos. No acumulado no ano, por exemplo, esse setor responde por 2,93 p.p., em 7,81%, e no acumulado em 12 meses, por 2,98 p.p. em 7,59%. Nesses casos, assim como na comparação mensal, foi a atividade mais influente”, disse.
De acordo com o IPP, em novembro, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço frente a outubro. Para ilustrar, em outubro, 15 atividades haviam apresentado maiores preços médios em relação a setembro.
O que é o IPP
O Índice de Preços ao Produtor monitora a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e a evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país.
Para fazer o índice, foram acompanhadas um pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes, definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Cerca de 6 mil preços são coletados mensalmente.
A próxima divulgação do IPP, referente a dezembro, será em 4 de fevereiro.
