O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quarta-feira (19/3) que não existem no Brasil perseguidos, presos ou exilados políticos. A declaração se deu durante seu discurso na sessão solene de homenagem aos 40 anos da redemocratização no Brasil.
“Nos últimos 40 anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, declarou Motta na solenidade.
A fala do presidente da Câmara se dá um dia depois de o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmar que vai se licenciar do mandato para seguir nos Estados Unidos. No vídeo em que gravou, o parlamentar disse ser “vítima de perseguição política”.
Apesar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ser alvo da Justiça, Eduardo não é réu em nenhum processo, como também não é investigado. Ele alegou, ainda, temor de ter o passaporte apreendido após pedido do PT à Justiça. Nesta terça, porém, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou e arquivou a solicitação.
Na sessão especial, Motta e os deputados Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) e Lula da Fonte (PP-PE) entregaram uma medalha de Mérito Legislativo ao ex-presidente José Sarney (MDB), que foi o primeiro chefe do Executivo depois de 21 anos de ditadura militar.