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Haddad vai ao Oriente Médio em busca de investimentos de países árabes

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viaja na próxima sexta-feira (14/2) para o Oriente Médio em busca de atração de investimentos e com o objetivo de tocar a diplomacia econômica com três países árabes que se tornaram estratégicos nas relações comerciais — Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos (EAU). Na avaliação do governo brasileiro, os três se tornaram importantes na relação com o Brasil desde a posse do presidente Lula (PT) em 2023.

Esta é a primeira viagem internacional de Haddad de 2025. O titular da pasta econômica assumiu em janeiro deste ano a presidência da trilha financeira dos Brics, que é uma atividade central do ministério neste semestre. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, recentemente Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã se uniram ao bloco.

A presidência dos Brics é vista como uma oportunidade de aprofundar o diálogo com os países da Ásia e do Oriente Médio, no contexto da diplomacia econômica.


Roteiro de Haddad no Oriente Médio

  • Esta é a primeira viagem internacional do ministro da Fazenda em 2025. Principal agenda escolhida é organizada pelo FMI. Também haverá reuniões bilaterais.
  • Serão buscados avanços na diplomacia econômica do Brasil com Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.
  • Haddad viaja na manhã da próxima sexta-feira (14/2) e retorna ao Brasil entre a noite de quarta-feira (19/2) e a madrugada de quinta-feira (20/2). Ele deverá passar a quinta em Brasília e no mesmo dia à noite deve ir para São Paulo.

O principal evento de que Haddad participará ocorrerá na segunda-feira (17/2), na Arábia Saudita, e é organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Trata-se da Conferência para Economias de Mercados Emergentes. Haddad participará do painel de encerramento, “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes”, que será moderado pela diretora-executiva do FMI, Kristalina Georgieva.

Além disso, o ministro terá algumas agendas bilaterais. Já estão confirmadas duas reuniões: com o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, e com o ministro das Finanças do Catar, Ali bin Ahmd Al Kuwari.

Influência do contexto internacional e eleição de Trump

Fontes do ministério sustentam que, na última década, esses três países com que o ministro terá engajamento entraram para a vanguarda na área energética e se mostram interessados em participar da modernização da economia global. Nas reuniões bilaterais, vão entrar temas como transição energética e acordos de investimentos (tanto desses países para o Brasil e do Brasil para eles).

Os EAU já têm investimentos robustos no Brasil. Na Arábia Saudita, há investimentos com produtores de carne bovina brasileiros. Já a relação com o Catar ainda não se transformou em investimentos, mas há uma cooperação diplomática vista como promissora.

Em um cenário em que Kamala Harris tivesse sido eleita presidente dos Estados Unidos no lugar de Donald Trump, o ministro estaria fazendo essa mesma visita hoje, segundo interlocutores. Ou seja, não foi a eleição do Trump que definiu essa agenda.

O objetivo, portanto, é buscar uma atuação mais forte em uma região estratégica do mundo. Auxiliares dizem que agenda dos Brics não é reativa ao contexto global, pois o bloco tem trabalhos feitos há quase uma década e busca dar continuidade a eles.

Está é a primeira vez que o FMI vai organizar o evento relativo a economias emergentes na Arábia Saudita, o que é encarado como um esforço do órgão de abrir novos espaços de diálogo dentro de um contexto mundial competitivo.

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