O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou, nesta segunda-feira (19/5), que “ainda é muito cedo” para avaliar os eventuais impactos causados pelo primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país.
Questionado sobre como a doença poderia impactar a atividade econômica, ele se limitou a dizer que “estamos num momento muito inicial”, além de estar “muito cedo para dizer qualquer coisa do ponto de vista econômico”.
Mello explicou que a equipe econômica precisa de mais informações para analisar o caso. O secretário ainda ressaltou que o caso é isolado e destacou que o Brasil é um país “extremamente moderno” na questão de política sanitária.
“Gostaria de ter mais informações antes de trazer isso para o cenário macro”.
“Ainda é muito cedo para avaliar, isso é um problema que vem acontecendo no mundo inteiro, o Brasil era um dos poucos países que não tinha sido afetado”, lembrou ele durante entrevista coletiva para detalhar o Boletim Macrofiscal de maio.
Gripe aviária
Na semana passada, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro.
Oito países — entre eles, a China, Argentina e Coreia do Sul — e a União Europeia (UE) suspenderam a importação de carne de aves do Brasil. Nesta segunda, o Japão anunciou a suspensão parcial de importações, seguindo os critérios de regionalização.
Mais cedo, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou que o Brasil pode ficar livre da gripe aviária e, assim, retomar as exportações de carne de aves em até 28 dias, caso não sejam detectados novos casos da doença.
O Mapa também frisou que a identificação da detecção do vírus foi “rápida” e as ações efetivas para isolamento, controle e erradicação, “demonstram a robustez do sistema de inspeção do Brasil”.
Em nota, o ministério tranquilizou a população brasileira e mundial em relação à segurança dos produtos: “A doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos”.
No momento, o governo federal investiga possíveis seis focos da doença no país. São eles em Nova Brasilândia (MT), Aguiarnópolis (TO), Salitre (CE), Gancho Cardoso (SE), Ipumirim (SC) e Sapucaia do Sul (RS).