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sábado, 15 março, 2025
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    HomeBrasiliaGrileiros cercam terras e desmatam às margens de córrego no DF

    Grileiros cercam terras e desmatam às margens de córrego no DF

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    Moradores da região do Condomínio Itaipu denunciaram invasões, desmatamento e grilagem de terras em área de mata próxima ao córrego Mato Grande, entre as regiões administrativas do Jardim Botânico e São Sebastião, no Distrito Federal. A comunidade aponta crime ambiental e alega que o descarte irregular de lixo e entulhos, além do crescimento desordenado de casas, tem afetado diretamente na preservação do local.

    Há denúncias de que pessoas estão cortando árvores, promovendo queimadas de materiais e demarcando terrenos com pedaços de madeira e uma espécie de muro improvisado.

    Veja imagens recentes do local invadido:

    “O abandono é visível. O córrego Mato Grande sofre com assoreamento há anos, o que contribui para alagamentos durante chuvas mais fortes. O caso das invasões e da grilagem é antigo. O GDF [Governo do Distrito Federal] não resolve o problema. É necessário construir um parque nesse local, com vigilância e infraestrutura, para se garantir de fato a preservação”, disse um morador da região que prefere não se identificar por receio de sofrer retaliação.

    Segundo o homem, recentemente desmataram uma grande área e queimaram boa parte do mato. “Parece ser invasões planejadas por grileiros para depois fazer parcelamento. Pouco antes das atuais invasões, já existiam algumas áreas demarcadas com algumas construções, em uma ou duas das áreas tem até placa de movimento comunitário”, denuncia.

    Reclamações

    O Metrópoles visitou a região, ouviu a população do local e constatou os problemas relatados pelos moradores.

    Confira fotos:

    10 imagens

    Córrego sofre com assoreamento

    Comunidade denuncia desmatamento na região
    Há invasões e condomínios cercados
    Área rural em São Sebastião é conhecida como favelinha
    Imagens registradas por drone
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    Moradores relatam situação em área próxima ao córrego Mato Grande

    Hugo Barreto/Metrópoles
    @hugobarretophoto

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    Córrego sofre com assoreamento

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Comunidade denuncia desmatamento na região

    Hugo Barreto/Metrópoles
    @hugobarretophoto

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    Há invasões e condomínios cercados

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Área rural em São Sebastião é conhecida como favelinha

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Imagens registradas por drone

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Imagens registradas por drone

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Vizinhança também reclama de descarte irregular de resíduos e queimadas

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Há barracos construídos na região

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Portão fechado pede para que ninguém entre sem autorização

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    A comunidade alega que já fez demandas nas administrações regionais das duas cidades para registrar que o local é alvo da ação de grileiros e luta pela construção de um parque ecológico para garantir a preservação do meio-ambiente. No entanto falta fiscalização e a região sofre abandono.

    “Precisamos impedir a continuidade dessas invasões de área pública para que o local seja preservado”, acrescenta.

    O descarte irregular de lixo e a insegurança também foram pontos de reclamação levantados por um caseiro que reside na área rural há mais de 20 anos. “Além de contaminar o córrego, afeta a população. As pessoas colocam fogo e despejam lixo diariamente. Também existe a preocupação em relação a doenças como a dengue. Além disso, ainda convivemos com a questão da insegurança. É frequente a presença de pessoas com foice, faca e enxadas para capinar a área e isso intimida a nossa vizinhança”, desabafa o caseiro.

    O outro lado

    O Metrópoles acionou as administrações regionais do Jardim Botânico e de São Sebastião para relatar os problemas comunicados pela população. Por meio de nota, a regional de São Sebastião disse que “foi enviado um processo SEI para os órgãos competentes. Atualmente, o processo está com o Ibram, que incluiu o local no cronograma de fiscalização”, disse. Até a última atualização desta reportagem, a regional do Jardim Botânico não havia emitido nenhum parecer. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

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