A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) prendeu, na manhã desta quarta-feira (16/7), Alysson Sousa de Carvalho, 37 anos, suspeito de liderar um esquema de estelionato baseado na prestação de falsos serviços de manutenção de eletrodomésticos.
O cumprimento do mandado de prisão ocorreu na cidade de João Pessoa (PB), durante a Operação Falso Conserto, deflagrada em parceria com a Polícia Civil (PCPB). O investigado foi encontrado e preso no início do dia.
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As apurações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram que Alysson havia montado uma nova empresa na Paraíba e pretendia continuar a cometer os golpes, por meio da mesma fraude contra novos consumidores.
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Alysson Sousa de Carvalho, 37 anos
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Alysson foi preso na Paraíba
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Investigado pode ter feito vítimas em todo o país
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O nome da operação, Falso Conserto, faz referência à fraude cometida pelos criminosos, pois o serviço de manutenção funcionava apenas como pretexto para enganar clientes e obter vantagens ilícitas.
As investigações da 15ª DP também demonstraram que Alysson atuava por meio das empresas Lago Tech, Home Tech Assistência Técnica, Home Tech Refrigeração, Telemak e Lago Service Brasília. Em nome delas, ele oferecia pela internet serviços de conserto de geladeiras e de outros eletrodomésticos.
Fraudes nos consertos
O golpe consistia em cobrar antecipadamente por peças e reparos, sem que os serviços fossem efetuados, ou fazer manutenções fraudulentas, com peças de baixo custo que não resolviam o problema.
Em um dos casos descobertos, a vítima pagou R$ 680 por uma peça com suposta origem em São Paulo, mas descobriu depois que o material havia sido comprado em Ceilândia, por apenas R$ 49, e que o aparelho permaneceu defeituoso.
Em outras ocasiões, os técnicos sumiam após receber o pagamento ou marcavam visitas sem comparecer. A investigação também revelou que o preso fez outras vítimas, que registraram ao menos 38 ocorrências por golpes semelhantes desde 2016.
Condenado anteriormente por estelionato, o criminoso ainda agia de forma itinerante e trocava de endereço com frequência, para evitar ser localizado.
O nome e a imagem dele foram divulgados pela PCDF, sob autorização judicial, para que outras eventuais vítimas que o reconhecerem possam denunciar situações parecidas na delegacia mais próxima de casa.
Líder do esquema, Alysson foi levado para uma cadeia na Paraíba, onde deve permanecer à disposição da Justiça. As investigações da Polícia Civil continuam, para identificação outros possíveis envolvidos no esquema.