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    Galípolo: BC não tem desconforto com a atual meta de inflação, de 3%

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    O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou, nesta terça-feira (29/4), que a autoridade monetária “não tem nenhum tipo de desconforto” com a atual meta inflacionária, de 3%.

    “A gente não tem nenhum tipo de desconforto com a meta de 3%. Acho que o Banco Central está fazendo seu caminho para perseguir a meta de 3%”, disse Galípolo, acrescentando que não vê o Brasil como “outlier” (ponto fora da curva) em relação à meta inflacionária de outros países.

    A declaração foi dada durante entrevista coletiva para apresentar os dados presentes no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao segundo semestre de 2024, também divulgado nesta terça-feira.

    Inflação

    Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

    A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministério da Fazenda (presidente do Conselho), Ministério do Planejamento e Orçamento e pelo próprio Banco Central.

    Vale destacar que, a partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

    Atualmente, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 5,48% nos últimos 12 meses até março. Nesse ritmo e patamar, o IPCA caminha para mais um ano em que a meta será descumprida.

    O próprio Banco Central segue indicando o estouro do teto da meta neste ano.

    Na última ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado alertou que, se a inflação seguir avançando, o valor acumulado em 12 meses ficará “acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”.

    Galípolo não vê Brasil como “outlier”

    O presidente do BC afirmou que a discussão sobre a meta inflacionária de 3% não é uma “discussão”, principalmente quando se é comparada com outros países. “A gente não vê nenhum tipo de outlier (ponto fora da curva), o Brasil ser algo fora do normal, do ponto de vista de meta de 3%”, ressaltou ele.

    Segundo Galípolo, o único ponto que de divergência seria: como o Brasil convive com taxas de juros “relativamente mais elevadas” e ainda assim segue tendo um dinamismo forte na economia, “mesmo em níveis de juros que, para outras economias, representariam um patamar bastante restritivo”.

    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

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