O piloto do avião Boeing 737 Max da companhia aérea Gol, que se chocou com um veículo que estava na pista durante o procedimento de decolagem, na noite desta terça-feira (11/2), avisou a torre de comando logo após o ocorrido. O acidente aconteceu no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro e a aeronave tinha como destino Fortaleza.
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Logo após o fato, o piloto chama a torre e relata que abortou a decolagem e que “tem” um carro no meio da pista. A torre pede que ele confirme. “Na decolagem ‘trombamos’ com um carro no meio da pista”, disse ele. Espantada, a operadora da torre pede a confirmação mais três vezes. O piloto do avião confirma e pede apoio.
“Afirmativo! Solicita assistência. Manda uma viatura para ver se tem condições de efetuar o (inaudível) (…) Por favor, e pede também, se tem condições de mandar alguém da companhia ou da manutenção para avaliar os danos da aeronave aqui, a gente não sabe se tem condições de livrar a pista ou não. Colidiu com a viatura no meio do eixo da pista. A gente não sabe se bateu no motor, no trem de pouso. A gente não sabe qual foi o dano”, detalha o pedido de ajuda o piloto.
A torre retorna dizendo que vai solicitar o apoio.
Um dos passageiros que estavam no avião, é o procurador do Estado do Ceará Átilla de Oliveira. Ele filmava a decolagem e disse que, apesar da pancada, houve tempo de frear o avião antes do fim da pista. “Baita susto. Sensação de que nasci de novo”, postou ele no X.
A concessionária responsável pelo aeroporto, a RIOgaleão, confirmou o acidente entre o avião e um “carro de manutenção”, por volta das 22h. “Não há feridos e os passageiros já foram desembarcados. O aeroporto continua operando normalmente para pousos e decolagens”, acrescentou, em nota.
A Gol informou que o avião fazia a linha Rio de Janeiro – Fortaleza e que presta atendimento aos passageiros. “Todos os passageiros e tripulantes desembarcaram em segurança, recebendo total assistência da Companhia.”
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que vai investigar a colisão do avião da Gol. “Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, diz trecho da nota.
