Viola Davis é a nova presidente dos Estados Unidos e vai representar o país no G20. Apesar dessa manchete não parecer possível, esse é o pretexto do novo filme da atriz, intitulado G20. Na obra de ação, ela é Danielle Sutton e precisa lidar com um ataque terrorista que assola o evento e a tem como alvo.
Em coletiva de imprensa, ao qual o Metrópoles esteve presente, a estrela de Hollywood explicou que mais do que dar vida a uma das pessoas mais influentes do mundo, a humanização da personagem foi o que mais a marcou. Na trama, ela precisa lidar, além de sua posição política, com uma filha rebelde e os cuidados com a família.
“Às vezes, principalmente quando alguém é o presidente dos Estados Unidos, vemos essa pessoa apenas pelo cargo, e não como um ser humano. Quando se cria um personagem, é preciso descobrir qual é sua necessidade essencial, aquilo que ela mais deseja na vida. E, para ela, isso tem a ver com seu valor, seu senso de merecimento”, pontuou.
Para a atriz, a personagem representa bem o que é a síndrome do impostor, quando as pessoas acham que não são dignas do que conquistaram.
“Dentro de nós, ainda existe aquela criança que fez um número de sapateado em um recital e sentiu que foi horrível. Esse sentimento nos acompanha. E, para mim, era isso que movia Danielle Sutton— ela era uma espécie de heroína de guerra [por ter participado de um conflito], mas sentia que não merecia essa honra”, declarou.
Na produção, uma coisa que não falta é a ação. Isso porque terroristas invadem a conferência do G20 e fazem os líderes de cada país como refém. Entretanto, Danielle e outras pessoas conseguem deixar o “cativeiro”, que é a sala de reunião de um hotel de luxo na África do Sul, e tentam salvar os demais — enquanto isso, o marido e os filhos da presidente tentam salvá-la.
Ação de verdade
E não só de política vive a personagem principal. Ela treina artes marciais e sabe muito bem como se defender e se virar em situações tensas, como lutar contra o líder rival, Rutledge (Anthony Anderson). Sobre as cenas, Patricia Riggen, diretora do filme, relatou que nada foi feito com computação gráfica.
“Uma coisa que acho muito importante quando assistimos a um filme de ação, especialmente quando é uma mulher protagonizando essas cenas, é que acreditamos que ela realmente pode enfrentar aqueles caras. E não há a menor dúvida de que Viola pode derrubar qualquer um deles”, declarou.
Filme para a família
Ao serem questionadas sobre a ideia do filme, Patricia Riggen e Viola Davis ressaltaram a importância de fazer um filme para que a família possa assistir juntas, como uma “sessão pipoca”. Entretanto, cada uma enalteceu um ponto diferente.
“Meu subconsciente diz: como seria incrível ter uma mulher na presidência, sabe? Isso é algo do qual eu, pessoalmente, tenho muito orgulho”, disse a diretora.
“Acho que tenho um desejo ou sonho ambicioso de que meninas e mulheres se sintam capazes. Sabe, aquela sensação de que você não está aqui apenas como uma extensão do desejo masculino. Quero que as pessoas sintam, que as mulheres sintam que não há nada que elas não possam conquistar, e que os únicos limites em suas vidas são os limites da sua imaginação – que, por sinal, é ilimitada”, disse.
