Conhecido nas redes sociais por gravar vídeos atacando membros dos poderes Judiciário e Legislativo, o radialista Roque Saldanha ganhou notoriedade ao mandar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enfiar a “tornozeleira no cu“. Como resposta, Saldanha acabou preso por policiais federais em 20 de dezembro do ano passado, em Colatina (ES), por determinação do magistrado. Agora, solto, o radialista voltou disparar sua metralhadora giratória.
O alvo, desta vez, foram deputados federais xingados de “vabagundos”, “pilantras” e “safados”. Nas imagens, Saldanha comenta que os parlamentares deveriam morrer. “O povo andou falando que eu estava preso, mas estou solto. Apenas falo a verdade. Estou solto e digo que deputados safados deviam ser fuzilados em praça pública”, disse, gabando-se que outros vídeos gravados por ele e postado nas redes sociais seriam “os mais viralizados e com mais visualizações do país”.
O radialista ainda debochou das autoridades ao afirmar que durante o tempo em que ficou preso “nunca comeu uma comida tão ruim” como a servida no presídio. “Vou mandar um recado: arrumem uma cozinheira que preste, pois a comida não valia porra nenhuma”, afirmou.
Assista:
Outra prisão
Saldanha foi preso em dezembro do ano passado, por tentativa de golpe de Estado nos atos de 8 de janeiro de 2023. O comunicador respondia em liberdade e postou nas redes sociais um vídeo em que mostrava a tornozeleira eletrônica quebrada. Na gravação, o radialista ainda provocou Moraes, dizendo que o ministro “não é homem”.
O processo contra Saldanha tramita em segredo de Justiça. No entanto, a coluna apurou, em novembro de 2024, que o mandado de prisão foi expedido em 25 de novembro de 2024, ou seja, antes da divulgação do vídeo em que ele provoca Moraes.
A prisão de Saldanha pela participação dele nos atos de 8 de janeiro foi realizada em janeiro de 2023. Conforme apontam as apurações, o investigado usava as redes sociais para incentivar atos violentos e atentados ao Estado Democrático e aos ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O homem é morador de Governador Valadares (MG). Ele havia sido solto em 24 de janeiro de 2023, sob a condição de manter o uso de tornozeleira eletrônica.