O apresentador Fausto Silva recebeu alta do hospital Albert Einstein, em São Paulo, no último domingo (10/9), depois de mais de um mês internado. De volta à sua casa, Faustão iniciará a etapa de reabilitação pós-transplante, que tem como objetivo promover a adaptação do novo coração ao corpo do comunicador.
A fisioterapeuta Leandra Marques, especialista em fisioterapia cardiopulmonar da ONI Fisioterapia, explica que a reabilitação pós-transplante envolve uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e médicos.
Uma das fases mais importantes da recuperação é a reabilitação cardiopulmonar. “O programa consiste na prescrição de movimentos que facilitarão as ações diárias do paciente transplantado, promovendo mobilidade, ganho de força e melhorias na qualidade de vida ”, afirma Leandra Marques.
Pacientes que passaram por um transplante cardíaco apresentam, freqüentemente, dificuldades para fazerem exercícios físicos, atrofia e fraqueza dos músculos e menor capacidade aeróbia. Isso ocorre por conta da inatividade pré-operatória e pelo baixo desempenho pulmonar e na circulação sanguínea, que caracterizam a insuficiência cardíaca.
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Fausto Corrêa da Silva, mais conhecido como Faustão, nascido em 1950, é um jornalista, repórter, radialista e apresentador. Natural de São Paulo, é considerado uma das maiores personalidades da televisão brasileira
Reprodução/ Instagram @faustaonaband
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Faustão começou a carreira aos 14 anos, trabalhando como repórter da rádio Centenário de Araras. Mais tarde, mudou-se para Campinas e passou a trabalhar na Rádio Cultura. Em 1970, foi contratado para apresentar o jornal da noite da Record TV, onde também foi redator
TV Globo/Reprodução
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Fausto SIlva, o Faustão, tem insufuciência cardíaca
Reprodução
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Em 1977, a convite de Osmar Santos, Faustão foi contratado como repórter esportivo pela Rádio Globo. Em 1986, estreou na TV Gazeta com o programa Perdidos na Noite. Tempos depois, a atração foi comprada pela Record TV e, em seguida, pela TV Bandeirantes, quando passou a ser transmitida nacionalmente
Reprodução
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Em 1989, Silva estreou na TV Globo como apresentador do Domingão do Faustão. O artista permaneceu à frente do programa até 2021, quando assinou contrato de cinco anos com a Band
Divulgação/Globo
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Faustão realizou seu transplante no domingo (28/8) após encontrar um doador compatível em apenas uma semana na fila
Reprodução
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Em 17 de janeiro de 2022, entrou no ar o programa de auditório Faustão na Band, com quadros semelhantes aos apresentados no Domingão do Faustão. O programa vai ao ar das 20h30 até as 22h45, de segunda a sexta
Reprodução
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Faustão é pai de Lara Silva, fruto do relacionamento com a ex-esposa Magda Colares, de João Guilherme e de Rodrigo, ambos de Luciana Cardoso, atual esposa do apresentador. O jornalista também foi casado com Lúcia Helena, com quem ficou junto por 10 anos
Reprodução/Instagram
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Apesar de não falar muito sobre a vida pessoal, Faustão também já esteve envolvido em polêmicas. Além de ser conhecido por constantemente interromper a fala dos convidados, Silva já foi acusado de racismo após comparar o cabelo black power da dançarina Arielle Macedo, bailarina da cantora Anitta, ao “cabelo de uma vassoura de bruxa”
Globo/Reprodução
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Em fevereiro de 2022, o dono dos bordões “ô loco, meu”, “errou”, “ô loco, bicho” e “este fera aí, meu” também esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter após utilizar o termo “assédio no bom sentido”. “No mundo dos passarinhos, ainda tem a conquista, o assédio no bom sentido. Se o cara não cantar, não tem chance!”, comentou o apresentador
Band/Reprodução
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Durante a reabilitação, é comum que o paciente receba indicação de uma caminhada leve, como exercício aeróbico, e depois evolua para atividades em bicicleta ergométrica. “O foco é o fortalecimento da capacidade cardiorespiratória, bem como o treinamento de equilíbrio e de flexibilidade”, explica a fisioterapeuta.
“Apesar da importância de fortalecer os músculos, existe restrição para os exercícios que envolvem a caixa torácica durante três meses após a cirurgia. Então, levantar pesos ou abrir uma porta pesada, nem pensar”, explica Leandra.
Tempo de acompanhamento
Leandra conta que o tempo médio de acompanhamento multidisciplinar é de seis meses. “Apenas 26% dos pacientes voltam a trabalhar depois de uma ano do transplante, porém é necessário analisar o status funcional do paciente”, explica.
No final do acompanhamento, é esperado que o paciente consiga fazer suas atividades diárias sem dificuldades físicas.
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