Jorge Guaranho, o ex-policial penal acusado de matar o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, em 2022, foi condenado, nesta quinta-feira (13/2), a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado.
Ele foi submetido a júri popular no Tribunal do Júri de Curitiba. Conforme a decisão, a pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado, mas ainda cabe recurso. O crime foi definido como qualificado, em virtude do motivo torpe.
A setença surge mais de dois anos e meio após o ocorrido. O assassinato foi cometido em 9 de julho de 2022. Marcelo Arruda foi baleado, enquanto comemorava, com familiares e amigos, o aniversário de 50 anos. A festa era temática e tinha decoração em referência ao presidente Lula e ao PT.
Defesa alegou legítima defesa
O júri de Guaranho começou nessa terça-feira (11/2). A defesa do ex-policial penal reforçou em pronciamento, nesta quinta, que ele teria agido em legítima defesa e que o assassinato não teve motivação política.
Ao ler a decisão, no entanto, a juíza que presidiu o júri popular, Mychelle Pacheco Cintra Stadler, enfatizou que Guaranho utilizou uma arma da União para cometer o crime e que as ações desencadeadas por ele demonstraram intolerância política.
Em três dias de júri, nove pessoas foram ouvidas. Além do réu, que foi último interrogado, os jurados ouviram ainda a viúva de Marcelo Arruda, Pâmella Suellen Silva, testemunhas, peritos e informantes do caso.
Confiança na Justiça
Em entrevista ao Metrópoles, no início deste mês, Pâmella falou sobre a expectativa pelo julgamento e expressou confiança na Justiça. “Eu acredito que a comunidade, a população de Curitiba vá dar a pena máxima para ele”, declarou.
No dia da morte, Marcelo Arruda chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ele deixou quatro filho, sendo que um deles era um recém-nascido, à época, com cerca de 40 dias de vida, apenas.
Veja relato da esposa: