Rio de Janeiro – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste domingo (16/3), que “esse alexandrismo tem que acabar”, fazendo referência à atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Essa forma de tomar decisão por vingança, ignorando a Constituição, interpretando a lei de uma forma completamente equivocada só para punir aqueles que ele tem vontade de punir. Desrespeitando tudo que a gente já viu acontecer na história do Supremo, esse alexandrismo tem que acabar”, declarou o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A declaração do parlamentar foi dada durante o início da mobilização bolsonarista em Copacabana, no Rio de Janeiro. A manifestação deve reforçar o pedido de anistia dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro e criticar a atuação do STF.
Flávio ainda convocou apoiadores para ir à “Copacabana e para outros lugares do Brasil”. “Lute pelo menos pelo [direto] dos seus filhos, das suas netas, porque é isso que está em jogo no Brasil infelizmente”, disse.
Bolsonaro denunciado por golpe
O ex-presidente e mais sete pessoas enfrentam denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da suposta intenta golpista. A Primeira Turma do STF analisará a denúncia no dia 25 de março.
Ao todo, serão três sessões – duas marcadas para 9h30 e 14h de 25 de março; e sessão extraordinária para 9h30 de 26 de março. Caso o Supremo aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu.
Do que a PGR acusa Bolsonaro e outros denunciados
- Organização criminosa. Pena: reclusão de cinco a dez anos, e multa;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Pena: reclusão de quatro a oito anos;
- Golpe de Estado. Pena: prisão de quatro a 12 anos;
- Dano qualificado pela violência e grave ameça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena: detenção de seis meses a três anos, e multa;
- Deterioração de patrimônio tombado. Pena: reclusão de 1 a 3 anos,e multa. Somadas, as penas máximas chegam a 30 anos de prisão.