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quarta-feira, 19 março, 2025
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    HomeSaúdeEnfisema pulmonar: entenda a doença do diretor David Lynch

    Enfisema pulmonar: entenda a doença do diretor David Lynch

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    O celebrado cineasta americano David Lynch morreu nesta quinta-feira (16/1). Uma nota oficial da família do diretor confirmou o óbito. Diagnosticado em 2020 com enfisema pulmonar, em suas últimas entrevistas ele contou que dependia integralmente de suporte de oxigênio para sobreviver.

    “Gostaríamos de pedir alguma privacidade neste momento. Há um grande buraco em nosso mundo agora que ele não está mais entre nós”, afirmou a família.

    O que é o enfisema?

    O enfisema pulmonar é uma das condições chamadas de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Com a doença, o pulmão inflama até se romper, formando bolhas em suas paredes. O processo dificulta a passagem do ar e a oxigenação do sangue.

    A condição leva a uma obstrução constante das vias respiratórias causada pelos danos irreversíveis no pulmão, intimamente relacionados com o hábito do tabagismo.

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    Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

    No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
    Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
    Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
    Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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    Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

    Martina Paraninfi/Getty Images

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    Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

    Leonardo De La Cuesta/Getty Images

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    No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

    Dirk Kruse / EyeEm/Getty Images

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    Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

    Martina Paraninfi/Getty Images

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    Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

    Yana Iskayeva/Getty Images

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    Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

    Shahril Affandi Khairuddin / EyeEm/Getty Images

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    Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

    sestovic/Getty Images

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    Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

    RyanJLane/Getty Images

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    O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

    seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images

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    O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

    Diego Cervo / EyeEm/Getty Images

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    Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

    hocus-focus/Getty Images

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    Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

    HEX/Getty Images

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    Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

    Getty Images

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    As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

    Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images

    A ligação com o tabagismo

    Em uma entrevista em novembro do ano passado, Lynch afirmou que fumou desde os 8 anos e que só havia conseguido parar efetivamente depois dos 75. “Mal consigo andar por um cômodo. É como se você estivesse andando por aí com um saco plástico em volta da cabeça”, afirmou.

    Atualmente, a DPOC é a terceira causa de óbitos no mundo e o cigarro está ligado a 80% dos casos. Para impedir o declínio progressivo da função respiratória, o Ministério da Saúde recomenda aos doentes parar de fumar, praticar exercícios regulares e manter os cartões de vacinação contra a gripe (influenza), pneumonia (pneumococo) e Covid-19 atualizados.

    “A ligação com o cigarro é evidente, mas os pacientes não devem se culpar ou ter vergonha dos sintomas que sentem. É preciso tratar o mais rápido possível. O avanço da doença está intimamente ligado à perda de função pulmonar e, concomitantemente, de qualidade de vida e da autonomia do paciente, que em muitos casos, é idoso e necessita de uma rede de apoio”, explica o pneumologista Adalberto Rubin, de Porto Alegre (RS).

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