Horas após anunciar um afastamento da Câmara dos Deputados, para buscar sanções contra “violadores de direitos humanos” no Brasil, Eduardo Bolsonaro (PL) voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante participação em uma live no canal de direita Conversa Timeline, o deputado federal disse que Moraes não tem “pudor, decência e moralidade” para se declarar impedido de julgar um caso sobre a possível apreensão de seu passaporte.
“O pedido dos deputados do PT foi cair nas mãos do Alexandre de Moraes, O cara que, segundo as matérias do Glenn Greenwald, disse que quer me pegar, que estava vendo uma maneira de me prender. Talvez até me ligando ao Fernando Cerimedo, o argentino que criticou as eleições do Brasil de 2022, para tentar colocar a narrativa de que eu sou uma ameaça a democracia. Essa é a pessoa que vai me julgar. A pessoa que eu tenho denunciado no exterior. Ele não tem o mínimo pudor, a decência, a moralidade, para se dizer impedido em um caso desse. Ele pega de proposito, e puxa, evoca para si a competência, para tentar acabar comigo”, declarou Eduardo Bolsonaro.
Moraes é relator de uma ação contra Eduardo Bolsonaro no STF, ajuizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A sigla alega que o deputado federal está cometendo crimes contra a soberania do Brasil, ao criticar e fazer articulações que miram o Judiciário brasileiro.
Após pedido de análise do ministro do STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária a apreensão do passaporte do filho de Jair Bolsonaro.
Alexandre de Moraes na mira
Na manhã desta terça-feira (18/3), o filho de Jair Bolsonaro (PL) anunciou a decisão de ficar nos EUA, onde está há quase vinte dias realizando articulações com congressistas e autoridades norte-americanas contra autoridades brasileiras.
A permanência no país, segundo Eduardo Bolsonaro, visa “focar em buscar as justas punições” contra o ministro Alexandre de Moraes.